Quem tem medo do debate? Gestão da P55 impede sindicato de se reunir com categoria a bordo

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

A Gerência da P-55 impediu que o sindicato utilizasse um espaço na plataforma para discutir com os residentes detalhes de um novo projeto que está sendo pensado para unidade. O argumento utilizado pela gestão foi que não poderia fazer a equipe abandonar os postos de trabalho e que a discussão deveria ocorrer apenas no âmbito da CIPA.

O sindipetroNF considerava tal oportunidade como essencial para escutar os trabalhadores e trabalhadoras a bordo da unidade sem a presença (muitas vezes intimidatória, mesmo que involuntariamente) das lideranças, fato que não ocorre nas reuniões de CIPA, que têm representantes do empregador.

Ademais, o NF apurou que a empresa utilizou o mesmo horário da tarde para reunir a equipe e passar uma impressão unilateral do projeto, o que, se for confirmado, mostra que o argumento de “abandono de posto” é inválido, levantando suspeitas sobre as verdadeiras intenções da companhia ao não escutar a categoria como um todo.

Vale ressaltar, ainda, que a atuação e a visão do sindicato tem sido de suma importância, para desvendar problemas no projeto como: capacidade sanitária que não comporta o novo POB, apresentada ao MTE graças ao questionamento do SindipetroNF; o cumprimento do anexo II da NR30, uma vez que a primeira proposta previa 4 camas em um camarote (fato que não cumpre mínimo de 3,6m² por pessoa); e falta de um projeto mais aprimorado de lazer, que iguale a P-55 com as demais plataformas da Uo-Rio.

“A empresa alega o tempo todo que o projeto é para democratizar a plataforma colocando todos – próprios e terceiros – no casario, mas o sindicato não consegue ver democratização se existe a negativa do diálogo transparente e direto do dos trabalhadores com seu representante no seu ambiente de trabalho”, afirmou o diretor Tadeu Porto, presente na reunião de CIPA onde o pedido de reunião foi negado.

“Vamos levar ao MTE essa questão no intuito de querer, efetivamente, construir uma plataforma que contemple os residentes da P-55. As decisões que tomarmos nesse projeto, impactarão a vida da categoria da P-55 durante décadas, portanto, não podemos nos dar ao luxo de fazer algo mal planejado”, completou Porto.

Comentários