Recado aos gestores da Petrobrás: A greve é pra valer!

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Imprensa da FUP – Entre os dias 22 e 25, a FUP e seus sindicatos se reuniram em Brasília para dar continuidade ao processo de construção da greve por tempo indeterminado, discutindo ações políticas, estratégias e frentes de luta para impedir o desmonte do Sistema Petrobrás e garantir a retomada dos investimentos da empresa. 

Ao fazerem um balanço das assembleias que aprovaram massivamente a greve, os sindicatos reafirmaram a disposição de luta dos trabalhadores. A orientação, portanto, é que a categoria participe ativamente das setoriais e seminários de preparação da greve, pois o movimento pode ser iniciado a qualquer momento, mediante o comando da direção da FUP.

“Chega de pelego se dar bem!”

No dia 03 de setembro, a FUP apresentou à Petrobrás e às suas subsidiárias uma proposta de regramento da greve, dando prazo até o dia 12 para que os gestores negociassem efetivos operacionais, cotas de produção, segurança dos trabalhadores e das instalações, bem como relações sindicais. No entanto, nenhuma das empresas se pronunciaram.
“Não vamos admitir que os fura-greve encham os bolsos de horas extras, às custas da luta da categoria. Chega de pelego se dar bem! A lei de greve tem que ser cumprida em sua plenitude. Não pode só valer para os sindicatos, enquanto a empresa faz o que bem entende. Se a lei de greve não vale para todos, vamos questiona-la”, declara o coordenador da FUP, José Maria Rangel.

Petroleiros e sem-terra marcham em defesa da Petrobrás

Aliados históricos na luta contra a privatização da Petrobrás, cerca de 600 trabalhadores rurais da Via Campesina e petroleiros realizaram em Brasília, no dia 24 de setembro, uma grande marcha pela Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional. O MST, o MPA e demais organizações campesinas reafirmaram o apoio incondicional à luta dos petroleiros contra o desmonte do Sistema Petrobrás e para que a empresa volte a exercer o seu papel de indutora do desenvolvimento nacional.
“Essa causa não é só dos petroleiros, é de todo brasileiro, porque o petróleo, assim como a terra, a água e todos os recursos naturais, é um patrimônio do povo. Por isso estamos hoje aqui com os petroleiros e estaremos sempre que for necessário. Assim como estivemos junto com vocês naquela greve de 1995, durante o governo Fernando Henrique, estaremos de novo nessa greve de agora”, reafirmou Gilmar Mauro, dirigente nacional do MST.

FUP torna a cobrar audiência com Dilma

Após a marcha em defesa da Petrobrás e do Brasil, os petroleiros seguiram para o Palácio do Planalto, onde tornaram a cobrar uma audiência com a presidente Dilma Rousseff para discutir o futuro da estatal e seus desdobramentos e consequências na vida do povo brasileiro. Os petroleiros foram recebidos pelo Ministro-Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rosseto, a quem a FUP entregou a Pauta pelo Brasil e reafirmou que os petroleiros irão à greve para barrar o processo de desmonte em curso na Petrobrás. O ministro se comprometeu a discutir o assunto com a presidente, assim que ela retornar dos Estados Unidos, onde participará da Assembleia Geral da ONU.