Resposta da diretoria do Sindipetro-NF ao novo presidente da Petrobrás: esperando ser incluídos no diálogo.
O novo presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, afirmou, em matéria vinculada hoje, 12 de fevereiro, no jornal Valor Econômico, que pretende fazer mudanças no plano estratégico da empresa. Entre algumas alternativas previstas, estão o corte em investimentos o que poderia acarretar um péssimo quadro para o emprego no país, uma vez que hoje a Petrobrás é responsável por 13% do PIB brasileiro.
O ex-presidente do Banco do Brasil chegou a mencionar que espera que a companhia consiga “estabelecer o diálogo com os investidores e com o mercado” (no caso da abertura de capital, em determinados negócios) mas hora nenhuma, em sua longa entrevista, ele mencionou o debate com as instituçoes sindicais, representantes legítimas dos trabalhadores e trabalhadoras que serão afetados pelas ações da empresa.
A impressão que fica na entrevista é de que Bendine pretende fazer algum tipo de política de austeridade, a priori, para ajudar a Petrobras enfrentar os desafios atuais. Decisão equivocada, tendo em vista exemplos antagônicos no mundo contemporâneo, como Brasil e China em 2008 que usaram políticas anti-cíclicas para enfrentar a crise sub prime, investindo em infra-estrutura e consumo e obtendo bons resultados.
Probelmas de caixa, diferenças em valores de ativos ou desvios por corrupção não podem ser obstáculos para uma empresa que se propõe a ser vanguarda no desenvolvimento nacional. Se existem dificuldades a serem superadas em torno de problemas financeiros, que elas sejam resolvidas sem prejudicar os milhares de trabalhadores e trabalhadoras que dependem direta ou indiretamente do mercado do Petróleo no país.
Dessa maneira, o SindipetroNF afirma que os investimentos devem permanecer progressivos e ousados para que nosso país continue a crescer, alavancados pelo capital produtivo gerado pela maior companhia do país.
Portanto, esperamos que Bendine nos receba de portas abertas para debatermos os enormes desafios que teremos a frente e as ações a serem tomadas sem prejudicar nenhum (nenhum mesmo) empregado ou empregada que dependam da nossa empresa para se sustentar.