Da Imprensa da FUP – O plano de negócios (PN) para o período de 2026-2030, anunciado no último dia 27 pela Petrobrás, é motivo de preocupação para a sociedade brasileira que se depara com a estimativa declarada de queda de investimentos da maior empresa do país.
Para os próximos cinco anos, a Petrobrás prevê US$ 109 bilhões de investimentos totais, com declínio de 1,8% na comparação com os US$ 111 bilhões do plano atual (2025 a 2029). “No entanto, uma análise mais atenta revela que o compromisso de investimentos caiu de US$ 98 bilhões, no PN 2025, para US$ 81 bilhões, no PN 2026, com queda de 17,3%, o que revela um nível de incertezas projetado elevado”, destaca o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, ao criticar a novidade introduzida pela empresa que criou duas modalidades de carteira de investimentos em implantação – Carteira em Implantação Base e Carteira em Implantação Alvo.
O documento enviado pela Petrobrás à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) diz que o novo mecanismo, com as duas categorias de investimentos em implantação, visa garantir resiliência financeira e flexibilidade para responder às condições de mercado.
Segundo o comunicado à CVM, a “Carteira em Implantação Base” soma US$ 81 bilhões, e engloba os projetos cujo orçamento foi aprovado no Plano, mesmo que ainda não sancionados.
Já a “Carteira em Implantação Alvo” é de US$ 91 bilhões,e, além dos projetos da Carteira em Implantação Base (US$ 81 bilhões), engloba projetos (US$ 10 bilhões) cuja confirmação do orçamento está condicionada à análise de financiabilidade. Avaliações trimestrais, à luz das projeções de fluxo de caixa e estrutura de capital, determinarão o avanço desses projetos, bem como eventual priorização.
Na avaliação de Bacelar, “além de confuso, o novo artifício criado pela Petrobrás poupa a empresa de compromissos extras de investimentos e respalda eventuais maiores quedas de inversões ao longo do período”.
[Foto: André Motta de Souza / Agência Petrobras]





