Uma das atividades do Sindipetro-NF que tem contribuído para o combate à insegurança no trabalho é o embarque frequente de diretores da entidade nas plataformas da região, uma conquista dos trabalhadores ao longo dos últimos anos no acordo coletivo e junto aos órgãos de fiscalização.
Nesta semana, o diretor Tezeu Bezerra esteve embarcado, por dois dias, para participar de auditoria de SGSO (Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional) na plataforma P-32. O sindicalista também embarcou em outra plataforma, a P-51, para acompanhar a Operação Ouro Negro.
“É muito importante os trabalhadores verem as auditorias como oportunidades de melhorar os processos nas plataformas e acabar com as pendências que a gerência não quer resolver”, afirma o diretor.
A presença dos sindicalistas, nas auditorias e nas reuniões de Cipa a bordo, tem aumentado a participação da categoria no envio de relatos sobre as condições de trabalho, assim como o encaminhamento dessas denúncias para os órgãos fiscalizadores. Nos últimos anos, vários casos levaram a interdições totais ou parciais de unidades na Bacia de Campos.
Nos embarques desta semana, por exemplo, foi possível constatar impactos nocivos do baixo efetivo e a expectativa de agravamento deste quadro com o PIDV (Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário). A categoria também está indignada com a política de punições e assédios na empresa, muitas vezes utilizada para mascarar a responsabilidade dos gestores nos casos de acidentes.
De acordo com Bezerra, foram elaborados relatórios para as equipes auditoras sobre as pendências de segurança nas plataformas. “Iremos tratar algumas demandas mais específicas com denúncias mais completas”, explica, reforçando a importância dos relatos dos trabalhadores.
Para os próximos dias, em data ainda a ser confirmada, está previsto o embarque do diretor Tadeu Porto, na P-53, para acompanhar auditoria do Spie (Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos).
