Na noite de ontem, 26, foi realizada na Câmara Municipal de Macaé uma Audiência Pública sobre “Saúde e Seurança dos Trabalhadores na Bacia de Campos”. A mesa foi composta pelo Vereador Danilo Funke, o coordenador do Sindipetro-NF, José Maria Rangel e a presidente da OAB, Andrea Meirelles. Infelizmente nenhum outro vereador compareceu ou representantes das empresas de petróleo.
No início da audiência foi realizado um minuto de Silêncio em memória de todos acidentados na cadeia produtiva de petróleo, em seguida o vereador Danilo Funke, fez a abertura do evento. Funke afirmou que o mandato tem buscado dar resposta às reivindicações do Sindipetro-NF e dos petroleiros, em muitos casos ligados às questões de segurança. “Hoje a busca é por mais segurança,com a descoberta do pré-sal a preocupação é com a segurança dos seres humanos, que precisam o mínimo de respeito e dignidade”
Segundo Danilo Funke é necessário apresentar os dados otimistas da Petrobrás, mas também é preciso lembrar desse outro lado que é a realidade dos acidentes.
O coordenador do Sindipetro-NF, José Maria Rangel, afirmou que o momento é de extrapolar os muros da categoria, denunciando o que acontece nas empresas de petróleo. José Maria falou do caso da interdição da P-33 e que considera que esse será um novo marco na questão da segurança na Bacia de Campos. Ao final de sua fala afirmou que o compromisso do Sindipetro-NF é com a responsabilização dos gerentes. Para o sindicato no mínimo houve omissão por parte dessas pessoas.
[Ouça aqui trecho do depoimento de José Maria Rangel]
A presidente da OAB denunciou que existem 15 mil processos na Justiça do trabalho em Macaé. ” A OAB vai se empenhar para que a Justiça resolva e acelere esses processos e irá buscar a criação da 3a. Vara do Trabalho no município. A situação atual é injustificável” – afirmou.
Em seguida foi aberta a palavra aos presentes, falaram outros diretores do sindicato, trabalhadores, familiares de petroleiros vítimas dos acidentes de Enchova e P-36 e funcionários das empresas de petróleo que sofreram acidentes ou estão contaminados quimicamente por essa indústria. Os depoimentos foram extremamente emocionantes e serão em breve reproduzidos pelo Sindipetro-NF.
