A proposta apresentada pela Petrobras na segunda, 14, não atendeu às principais reivindicações da categoria na área de SMS, como a participação plena dos sindicatos nas reuniões das CIPAs offshore e também em todas as comissões de apuração de acidentes. A Petrobrás também continua sem responder outras importantes reivindicações sociais da categoria e pontos que foram negociados na última rodada com a FUP e seus sindicatos, como o pagamento das horas extras dos feriados trabalhados em regimes especiais (dobradinha).
O indicativo do Sindipetro-NF e da FUP para a nova contraproposta da Petrobras é de rejeição, porém o Sindipetro-NF só realizará assembléias nas plataformas após o desembarque das equipes de contingência. Essas equipes são formadas por supervisores, coordenadores e pessoas fora de sua escala e foram enviadas pela empresa para tentar desarticular o movimento dostrabalhadores e furar a greve.
O sindicato foi informado do embarque, em diversas plataformas, de um grande número de furagreves e decidiu condicionar a realização de assembléias, para rejeitar a proposta, ao desembarque desse contingente. Durante a segunda, 14, diversas plataformas enviaram listas de pessoas que estão fora de sua escala normal, ou que não são residentes da unidade, e vai denunciar a formação de equipes de contingência ao Ministério Público do Trabalho (MPT).
“A presença dessas pessoas à bordo das plataformas durante o período de assembléias seria uma afronta àqueles que sempre lutaram pelas conquistas da categoria”, disse o coordenador do Sindipetro-NF, José Maria Ferreira Rangel.
A intenção do sindicato é que as assembleias aconteçam num clima de tranquilidade e sem pressão da empresa.
A diretoria do Sindipetro-NF manterá a categoria petroleira informada através de seus veículos de comunicação e reafirma que a greve está marcada para acontecer a partir do dia 16, mas não necessariamente à zero hora desse dia. Um novo Conselho Consultivo da Federação Única dos Petroleiros irá acontecer na próxima terça, 22.