Com intuito de abrir negociações sobre Acordo Coletivo, diretores da FUP ocupam sede da Petrobrás no Rio de Janeiro.
Pedido de reintegração de posse do Edise foi negado pelo TRT.
Rio de Janeiro, 01 de fevereiro de 2020 – Em todo o território nacional, 6.700 trabalhadores próprios da Petrobras não se apresentaram no corte de rendição e aderiram à greve nacional promovida pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). São 15 bases envolvidas, em 10 estados (abaixo lista completa).
Em ação simultânea e com o intuito de sensibilizar a diretoria da companhia a abrir canais diretos de negociação das demandas dos petroleiros, diretores da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do Sindiquímica-PR – Deyvid Bacelar, Cibele Vieira, Tadeu Porto, José Genivaldo da Silva, Ademir Jacinto – estão ocupando a sede da Petrobrás desde o início da noite desta sexta-feira (31/1).
O grupo, que ocupa de forma pacífica uma sala no edifício, preservando o patrimônio, pretende manter a ação até que a diretoria sinalize com a abertura de um canal efetivo de diálogo sobre a paralisação das atividades da Ansa/Fafen-PR e o cumprimento das negociações determinadas no fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), em novembro, que foi mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Mandado do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), expedido hoje (01/02), determinou a verificação das condições da ocupação, após denúncia da Petrobrás. No entanto, a juíza indeferiu o pedido de reintegração de posse do EDISE. Como o ato é pacífico, a diretoria da FUP permanece dentro do prédio da Petrobras.
“Estamos em greve contra as demissões em massa na FAFEN-PR, a favor do cumprimento do Acordo Coletivo, e sobretudo, exigindo um canal de comunicação e negociação aberto com a empresa. A categoria não irá assistir ao desmonte da Petrobrás sem fazer nada. Estamos na luta contra essa gestão, que vem destruindo um patrimônio nacional”, afirmou o Diretor da FUP, Devyd Barcelar.
Reinvindicações
A FUP reivindica a suspensão imediata do programa de demissões de 1.000 funcionários da Fafen-PR, comunicado pela Petrobrás e que, segundo a empresa, será iniciado em 14 de fevereiro. As demissões ferem a cláusula 26 do ACT, que determina que qualquer demissão em massa deve ser negociada previamente com os sindicatos, o que não ocorreu.
Além disso, os petroleiros querem que a Petrobrás estabeleça todos os grupos de trabalho (GTs) determinados no ACT para negociar pontos que não foram consensuais entre a empresa e a categoria. Esses pontos envolvem a tabela de turno dos trabalhadores da Petrobrás; o banco de horas; o plano de saúde; e a participação nos lucros e resultados (PLR). Ainda que já tenha aberto alguns GTs, a empresa tem tomado decisões por conta própria, sem o devido diálogo com os sindicatos nesses ambientes, como determinado pelo ACT.
Unidades que aderiram à greve nacional, até às 12h de sábado:
# RS: REFAP
# PR: FAFEN-PR, SIX, REPAR, Transpetro de Paranaguá
# SP: REPLAN e RECAP
# MG: REGAP
# CX: REDUC
# NF: UTG-CAB
# BA: RLAM e TEMADRE
# PE/PB: RNEST e Transpetro Suape
# CE: LUBNOR
# AM: REMAN
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