O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), filiado à Federação Única dos Petroleiros (FUP), está acompanhando a situação da plataforma P-31, na Bacia de Campos, desde a manhã desta sexta-feira, 7/6. A unidade passou por uma situação de emergência durante auditoria da Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis (ANP), com duas amarras do navio rompidas, comprometendo a segurança da ancoragem.
O Sindipetro-NF imediatamente solicitou o desembarque dos trabalhadores, mas a Petrobrás informou que os procedimentos foram seguidos, garantindo a segurança das pessoas a bordo. Neste momento existem 3 barcos de apoio, estabilizando a plataforma, e o reparo já está sendo feito. “Logo que soubemos da situação, solicitamos o imediato desembarque do pessoal. Mas com a estabilização da plataforma, as pessoas estão em segurança. Continuamos acompanhando a situação, estamos em contato direto com a empresa, que nos garantiu que a emergência está controlada”, informa Tezeu Bezerra, coordenador-geral do Sindipetro-NF.
Alexandre Vieira, coordenador do Departamento de Saúde do Sindipetro-NF, diz que a informação chegou ao sindicato na manhã do dia 7. “Foram duas amarras rompidas em condições de mar adversas. Na quinta-feira o balanço estava grande a ponto de não possibilitar pousos e decolagem na unidade”, explicou.
A Petrobrás informou que no dia 5/7, às 16h40, foi observado um deslocamento incomum e acionou a gerência naval, que enviou uma embarcação para inspeção das amarras. A P-31 já se encontrava em parada programada, então não houve comprometimento na produção.
A empresa enviou nota neste sábado, 8, ao Sindipetro-NF:
“Prezados,
Em resposta ao Ofício 166/2023 deste sindicato e demais questionamentos enviados diretamente à equipe envolvida na emergência de P-31, enviamos os seguintes esclarecimentos:
Foi iniciada em 03/07/23 auditoria a bordo de P-31, com embarque de auditores da ANP que ainda estão a bordo da unidade.
Reiteramos que a plataforma se encontra em parada de produção e o fluxo de hidrocarbonetos que circula pelos dutos e risers da unidade foi interrompido e segue em andamento sua despressurização. Tais medidas visam garantir a segurança da instalação e da força de trabalho a bordo, não havendo risco adicional em relação à habitabilidade da plataforma. Adicionalmente, além da primeira embarcação já conectada para pull-back, duas embarcações adicionais AHTS foram mobilizadas para resposta, objetivando a recomposição provisória da condição das amarras.
Os embarques e desembarques seguem sendo realizados respeitando a segurança e as condições meteorológicas adversas no campo de Albacora nos últimos dias. Não há, até o momento, a necessidade de extensão do desembarque a todos os trabalhadores, seguindo a Petrobras a análise criteriosa dessa situação de emergência.”
A previsão da empresa é de que em trinta dias as amarras estejam consertadas. O Sindipetro-NF informa que continuará acompanhando a investigação do ocorrido e se coloca à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos necessários.
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