Reunião com Gerente Geral mantém impasse em P-31 e sindicato responsabiliza gestão pelo acidente

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Na tarde dessa quinta, 14, o sindicato esteve reunido com o Gerente Geral e com o Gerente de RH da UO-BC para tratar das punições em P-31. A reunião iniciou com a leitura, por parte do sindicato, do manifesto da P-31 e logo em seguida, os sindicalistas criticaram as punições que ocorreram na plataforma e solicitaram sua retirada. O Sindipetro-NF tem um forte compromisso com a segurança dos trabalhadores mas entende que a única forma de alcançar a excelência em segurança é pelo exemplo. Enquanto os gestores continuarem, como ocorreu na P-31, a priorizar a produção a qualquer custo, os desvios e acidentes continuarão a acontecer.

O Gerente Geral decidiu manter as punições e afirmou que partiu dele a decisão de punir quando ocorrerem desvios à critério dos gestores e informou que no caso de P-31 algumas lideranças também foram punidas, sem revelar seus nomes. O sindicato se colocou contra esta forma de tratar a insegurança, ainda mais da forma como foi feito, sem o direito efetivo de defesa dos trabalhadores. O GG afirmou que também há punições em outras unidades pelo mesmo critério, o que mostra como é importante que as outras plataformas passem a realizar a operação padrão que a P-31 sugeriu com o apoio do sindicato.

Para o sindicato, processo ocorrido em P-31 está completamente viciado por uma tentativa de responsabilizar a categoria pelo prejuízo causado durante a longa interdição da ANP, que na verdade foi gerada por falhas de gestão da UO-BC. A decisão de indicar o Gerente da Inspeção para coordenar a comissão de apuração do acidente e, logo depois, indicá-lo para gerenciar a própria plataforma, já denunciava a intenção de retirar o foco desta verdade. O sindicato retirou-se da comissão que apurou o acidente, exatamente por discordar da decisão do grupo de não fazer constar na árvore de falhas do relatório do acidente, a alteração da categoria da Recomendação Técnica de Inspeção (RTI) da tubulação que vazou de “B” para “C”. O coordenador da comissão era, na época da investigação, o gerente da área que emitia estes relatórios e faziam as alterações de categoria das RTI´s, o que na prática revalidava o reparo provisório por mais tempo. Poupar a área na árvore de falhas colocou sob suspeição a atuação do coordenador.

Provocado pelos diretores do sindicato, o Gerente Geral reconheceu que ocorreram falhas em dois pontos apenas: a comunicação com a “força de trabalho” e não terem emitido elogio pela irretocável atuação das brigadas de resposta a emergência. O sindicato declarou para os gerentes sua total discordância pela manutenção das punições. Além disso, que continuará apoiando a Operação Padrão que está sendo realizada na P-31, chamando todas as plataformas a agirem da mesma forma.

O sindicato vai questionar e denunciar como perseguição o método de punições utilizado pela UO-BC aos órgãos de fiscalização.