Da imprensa do Sindipetro-BA
Mais um grave acidente voltou a ocorrer na RLAM na noite de quinta (04\02), por volta das 23h, durante a troca de turno, com chamado de emergência em razão de uma grande nuvem de gás que cobriu toda a U-6. Segundo relato dos trabalhadores, o vazamento de gás ocorreu pelo selo d’água do F-672, que baixou e permitiu a passagem do combustível gasoso, que felizmente não encontrou uma fonte de ignição em atmosfera com uma mistura ideal. Caso isso ocorresse, poderia haver uma catástrofe não somente nessa Unidade de Craqueamento, mas também nos seus arredores.
Para quem tem boa lembrança, esta situação guarda semelhança com o vazamento da U-11\12, em que o gás explodiu em nuvem, matou o companheiro e operador Ney e feriu gravemente 3 técnicos operacionais que estavam na CCL. A emergência de ontem à noite envolveu as duas turmas da Segurança Industrial, a Brigada de Emergência e duas Viaturas de Combate a Emergências e só foi normalizada por volta de 01h30 da madrugada de sexta (5).
Segundo o coordenador geral do Sindipetro Bahia e Conselheiro de Administração da Petrobrás, Deyvid Bacelar, não é por falta de advertência do sindicato e dos trabalhadores que a RLAM vive um clima de insegurança total quanto ao desmonte das atividades da Manutenção Industrial e do Sucateamento das Unidades de Processo que trabalham com condições abaixo dos padrões de segurança, devido à péssima gestão que tem a refinaria.
Apesar da gravidade dessa ocorrência, o profissionalismo e eficiência das equipes de Segurança Industrial e Brigada foi fundamental para que não houvesse danos pessoais nem ao meio ambiente.
Segundo Deyvid, foi convocada a brigada de emergência para ficar de prontidão, enquanto era feita a despressurização da unidade. Depois de sanado o vazamento, foi iniciado o reparo do equipamento controlado pelo SPIE, conforme recomendado pela Inspeção de Equipamentos.
O acidente causou grande pânico às turmas de turno da RLAM e comprova, segundo o Conselheiro de Administração Eleito pelos Petroleiros, que alguma providência precisa ser tomada imediatamente pela direção da Petrobrás quanto à gestão da RLAM.