ROUBAR DO PETROLEIRO PARA DAR AOS RICOS Ou, “Por que atacam a Petrobras?”

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

O governo Bolsonaro, em ataque constante aos servidores públicos e às empresas públicas e estatais, produziu relatório para induzir a sociedade brasileira ao erro. O Ministério da Economia, liderado por Guedes, distorce a legislação vigente para fazer com que os trabalhadores sejam tratados como privilegiados, o que não é verdade! Uma das empresas mais atacadas foi a Petrobrás.

 

Você, brasileira e brasileiro que acredita na democracia e em um estado forte, tem direito à verdade! Veja aqui como o governo Bolsonaro mente.

 

106 MIL REAIS

Sabe quem ganha 106 mil reais na Petrobras? O presidente da empresa, Roberto Castello Branco, e seus diretores. Só eles!

Mas quando assumiu, Castello Branco mudou a regra de participação nos resultados em benefício próprio. Estes mesmos que ganham 106 mil por mês, pela nova regra podem receber mais de 1 milhão de reais por ano, só extras. Os trabalhadores denunciaram este descalabro no processo 0101158-91.2019.5.01.0483.

 

ITENS ATACADOS PELA BARBÁRIE NEOLIBERAL:

 

MULHERES E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

 

Amamentação – Sim, as empregadas da Petrobras têm 2 horas por dia para amamentar. A CLT garante dois intervalos de meia hora, mas esta é uma lei que “não sai do papel”. Qual empregada no Brasil tem de fato este direito respeitado?

 

Com a reforma da CLT, em julho 2017, a coisa piorou. A trabalhadora que é mãe passou a ter que negociar individualmente, com o patrão, a amamentação. Para evitar isto, e as perseguições no trabalho, foi criado esse direito no Acordo Coletivo da Petrobras, no fim de 2017.

 

Sob um governo que despreza a mulher, e acha normal discriminar uma mulher por esta estar grávida ou amamentar, é claro que mais cedo ou mais tarde atacariam o direito à amamentação da empregada da Petrobras.

 

E a mesma lógica de “lucro acima de tudo” faz o governo também atacar o empregado com deficiência, o auxílio acompanhante, o auxílio cuidador, e o auxílio-creche.  Atacam até mesmo a licença maternidade estendida, em casos de necessidade médica, e o exame pré-natal. Mulheres e portadores de deficiência costumam “produzir pouco”, na visão de Bolsonaro.

 

O PETRÓLEO MATA

 

Quem acha que os petroleiros são privilegiados ignora os mortos, mutilados e adoecidos que todo mês essa indústria produz. Agora mesmo, enquanto você lê estas linhas, alguns petroleiros estão em UTIs, lutando por suas vidas depois de terem sido contaminados no local de trabalho. Sabem por quê?

 

Porque tanto a Petrobrás quanto as demais empresas do setor se recusam a cumprir as normas e recomendações de segurança, saúde e meio ambiente do trabalho, incluídas as recomendações feitas pela Fiocruz e do Ministério Público do Trabalho.

 

É o elevado índice de mortes e adoecimento que faz com que o petroleiro tenha plano de saúde, complementação do auxílio doença e manutenção da remuneração do acidentado readaptado em nova função, o benefício farmácia, e exames periódicos e na aposentadoria.

 

UM TRABALHO PENOSO

 

Você aceita ficar trancado por 14 dias, às vezes até mais, trabalhando e dormindo sobre uma bomba de petróleo, gás e outros derivados, podendo explodir a qualquer momento? Sem hora de almoço ou de jantar durante 12 horas? Trabalhando uma semana de dia e na outra à noite? Sem acompanhar a educação dos seus filhos, aniversários, Natais?

 

É por isso que os petroleiros recebem adicional de periculosidade e compensações pela inexistência de intervalos de trabalho, pois não há paradas nem mesmo para comer ou repousar, e nem folgas nos feriados, etc. É também por ficarem privados do convívio familiar que recebem algumas vantagens para ajudar na educação de seus filhos e filhas.

 

Agora imagine uma empresa que te manda viajar para uma cidade distante, para lá pegar um helicóptero até seu local de trabalho. Mas os voos de helicóptero são cancelados. É justo que você pague hospedagem e alimentação pelo voo cancelado, que é de seu patrão, e não seu?

 

VAMOS DEBATER FÉRIAS?

Os petroleiros já aceitaram debater a gratificação de férias de 100% que recebem. Mas aqueles verdadeiramente privilegiados também aceitam? Podemos conversar sobre as férias de 60 dias dos juízes brasileiros?

 

BANCO DE HORAS (2020) E RMNR (2007)

Essas duas inovações são imposições da empresa. Não são em nada vantajosas para os empregados. Se o governo quer tirar, deve agir. Mas com moralidade e transparência, às claras, em debate responsável e público. E não como quem primeiro semeia medo e desconfiança, para a partir do medo estimular o ódio e o fascismo