Saiba como fazer doações para desabrigados do Sul da Bahia. Sindicatos e movimentos sociais estão solidários

Da Imprensda da FUP – A CUT Bahia, em sua página no Facebook, informou que sindicatos filiados à entidade estão se organizando para ajudar a população do sul do estado, que sofre com as fortes chuvas nos últimos dias, compartilhou um vídeo da tragédia em Ilhéus, uma das mais de 70 cidades que estão em situação de emergência no estado, e destaca importância de colaborar com doações para milhares de desabrigados [saiba mais no final da matéria].

No domingo (26), o governo da Bahia incluiu 47 municípios na situação de emergência em razão das fortes chuvas Assim, o estado tem agora pelo menos 72 cidades nessa condição. A medida, anunciada pelo governador Rui Costa (PT) durante visita a Ilhéus, autorizada a mobilização de todos os órgãos estaduais para apoiar a ações de resposta ao desastre, e recuperação das cidades. Costa sobrevoou e visitou, neste domingo, municípios do sul baiano onde as chuvas se intensificaram desde a última quinta (23), como também Itabuna e Itajuípe.

De acordo com o governador, em um dia a região passou de 19 para 37 cidades engolidas pelas águas com a subida do nível dos rios. No sábado, foi instalada uma base de apoio em Ilhéus. A operação envolve vários órgãos federais e estaduais para socorro aos municípios afetados pelas enchentes. Rui Costa observou que, devido à distância, outros pontos serão criados em Itapetinga, Vitória da Conquista, Ipiaú e Santa Inês.

“Num momento como esse precisamos exercitar nosso espirito de solidariedade. Estamos num período de festejos de fim de ano, o que nos remete lembrar da nossa capacidade de ajudar uns aos outros. A CUT-BA não ficará de fora dessa responsabilidade em ajudar num momento tão difícil.”, afirma a presidenta da CUT Bahia, Leninha Firmo.

SOS

Uma força-tarefa envolvendo governo federal, governo estadual, prefeituras, associações de moradores, sindicatos e voluntários estão em campanha para arrecadar donativos aos desabrigados, que já ultrapassa o número de 16 mil famílias.

Situação de calamidade

A falta de energia elétrica é um agravante e para abastecimento de água tratada, caminhões pipas estão sendo disponibilizados pelas empresas de saneamento básico nos locais.

Nas cidades de Itamaraju e Ilhéus foram montados centros de controle para administrar as demandas vindas das localidades afetadas. Os primeiros estados que disponibilizaram algum tipo de ajuda foram, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe e São Paulo.

Diante da gravidade, o governo federal tem contribuído com aeronaves e combustível para auxiliar nos resgates.

O governo do estado do Espirito Santo também já sinalizou se juntar às equipes locais. Demais estado do nordeste, que compõe o Consórcio Nordeste, devem nos próximos dias aderir à força-tarefa.

“O momento é de solidariedade e trabalho. As diferenças políticas precisam ser deixadas de lado e todos precisam estar unidos para ajudar as vítimas das enchentes”, disse Rui Costa, ao blog Informe Baiano.

Baixo Sul

Outra região muito afetada pelas chuvas são os munícipios que abrangem a Bacia do Rio Jaguaripe, como Conceição do Almeida, Aratuípe, Nazaré das Farinhas, São Felipe, Dom Macedo Costa e Sapeaçu e a cidade da Nascente do Rio Jaguaripe, Castro Alves, entre outras. Elas tiveram registros de alagamento, deslizamento de terra e rompimento de estradas que dão acesso às essas localidades.

O Movimento SOS Jaguaripe, organização em defesa da Micro Bacia do Jaguaripe, mesmo diante de um momento de crise, lembra da importância na preservação dos rios e das matas ciliares.

Para ela, o Plano de Bacia, instrumento para administração e manejo das bacias hídricas, deve ser priorizado para pensar políticas públicas de urbanização, saneamento e adequação de famílias que por um motivo ou outro, estão instaladas nas margens dos rios.

“É preciso dar prioridade nas discussões que envolvem os Comitês de Bacias. Estamos diante de um colapso ambiental com mudanças climáticas cada vez mais intensas. Em meio a pandemia da COVID-19, o que está acontecendo nesses municípios é mais uma dificuldade para o nosso povo.”, afirma Marco Sitael, coordenador de Revitalização do Rio Jaguaripe.

Para quem doar

Desde o início do mês de dezembro, o Movimento Sem Terra, MST, presta solidariedade às famílias atingidas. Basta doar qualquer quantia na chave PIX: [email protected]

O Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência do Estado da Bahia (SINDPREV-BA) está arrecadando alimentos não perecíveis, agasalhos e roupas de cama para as famílias.

O SOS Jaguaripe também está recebendo doações pela chave PIX: 71987951982

 

Atualização: Nesta segunda, 27, o número de mortos em decorrência da enchente chegou a 20 no Sul da Bahia. Cerca de 470 mil pessoas estão atingidas de algum modo na região.

[Com informações da CUT e da Rede Brasil Atual / Foto: Isac Nóbrega – Agência Brasil]