247 – O Levante Popular da Juventude ocupou, nesta manhã, a sede da Globo, no Jardim Botânico. “Se a Globo condena o Lula sem provas, o povo condena a Globo”, dizem os jovens que ocupam a sede da emissora.
Responsável pelo golpe militar de 1964, do qual se desculpou com 50 anos de atraso, a Globo teve também papel decisivo no golpe de 2016, que derrubou uma presidente honesta e instalou uma quadrilha no poder.
Agora, a serviço dos Estados Unidos e das multinacionais do petróleo, que já levaram grande parte do pré-sal, a Globo tenta impedir o ex-presidente Lula, favorito em todas as pesquisas, de participar das eleições de 2018. Na capa de Época deste fim de semana, a empresa dos Marinho também ameaça Lula e diz que a Lava Jato irá se focar nos filhos do ex-presidente neste ano.
Leia, abaixo, informações do Levante Popular da Juventude sobre a ocupação:
A sede da Rede Globo no Rio de Janeiro acaba de ser ocupada. Cerca de 150 pessoas estão acampadas no prédio da emissora na Rua Jardim Botânico. A ação organizada por movimentos populares tem por objetivo denunciar o empenho da Rede Globo na condenação de Lula e da democracia.
A emissora teve sua atuação questionada em diversos momentos da história e influenciou os principais episódios politicos, sustentando com uma atuação parcial durante desenrolar do Golpe de 2016. Uma pesquisa realizada na Universidade Federal do Rio de Janeiro, constatou que entre dezembro de 2015 e agosto de 2016 o Jornal Nacional dedicou quase 13 horas de noticias negativas sobre Lula e nenhuma hora de noticias favoráveis.
Sob o mote “Globo condena Lula. Povo enfrenta a Globo” movimentos populares, entre eles MST e Levante Popular da Juventude, “o judiciário do Moro não conseguiria sozinho condenar o Lula. Já tentaram várias manobras, mas o que sustenta a República de Curitiba e as inconstitucionalidades do processo é a Globo, que tem se empenhado para atacar Lula para que ele não concorra às eleições em 2018”, afirma Luma Vitório do Levante.
Na ocupação cartazes nomeiam a Rede Globo de Tribunal Federal da Injustiça e denunciam as investigacoes que a corporação carrega, entre elas o esquema de pagamento de propina para transmissão de jogos de futebol e sonegação fiscal.
Em todo o Brasil atos estão sendo programados para o dia 24, dia que ocorrerá o julgamento de Lula no TRF4 em Porto Alegre. Movimentos sociais iniciaram hoje Acampamento em Porto Alegre que terá programação até o dia do julgamento