Sem avanços, é greve por tempo indeterminado!

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

A Petrobrás tem até quarta-feira (03/10) para apresentar uma nova proposta que contemple as principais reivindicações dos petroleiros. O prazo foi estabelecido nesta sexta-feira (28) pelo Conselho Deliberativo da FUP, que indicou greve por tempo indeterminado a partir do dia 11, se não houver avanços na negociação com a empresa. A orientação é que os sindicatos realizem as assembleias de 05 a 10 de outubro para os trabalhadores se posicionarem sobre o indicativo.
A greve nacional de 24 horas indicada pela FUP reafirmou no último dia 26 a disposição dos petroleiros de buscar na luta um acordo salarial que esteja a altura da importância que o trabalho da categoria representa para o país. Na Semana Nacional de Mobilizações (entre os dias 11 e 14/09), os trabalhadores já haviam sinalizado que não medirão esforços para alcançar suas principais reivindicações.
Como outras categorias já demonstraram, a luta é o caminho para avançar nas conquistas, principalmente, no que diz respeito à valorização salarial. Portanto, se a Petrobrás não apresentar uma proposta que contemple, é greve por tempo indeterminado a partir do dia 11.

Nova rodada de negociação na quarta

Na manhã desta sexta-feira, 28, a FUP comunicou à Petrobrás a rejeição da atual proposta e deu prazo até quarta-feira (03) para que a empresa apresente uma nova contraproposta. A Petrobrás respondeu, agendando uma nova rodada de negociação para o dia 03. 
No dia seguinte (04) a FUP e seus sindicatos voltam a se reunir em um novo Conselho Deliberativo para avaliar o resultado da reunião e discutir a organização da greve por tempo indeterminado.

Calendário de lutas

03/10 – Prazo para a Petrobrás apresentar nova proposta e ato nacional contra os leilões de petróleo
04/10 – Conselho Deliberativo da FUP
05 a 10/10 – Assembleias para avaliação do indicativo de greve por tempo indeterminado a partir do dia 11
05/10 – Manifestação em São Paulo em defesa da Fundacentro
11/10 (a partir) – Greve por tempo indeterminado

Ato nacional dia 03 contra os leilões de petróleo e por avanços na campanha salarial

O dia 03 de outubro marca os 59 anos de existência da Petrobrás, fruto da luta do povo brasileiro, que, através da campanha “O petróleo é nosso”, foi às ruas defender o monopólio estatal do petróleo. Nesse dia, caravanas com petroleiros de vários estados do país se concentrarão em frente à sede da empresa reafirmando a luta contra a retomada dos leilões de petróleo e por um acordo salarial com ganhos reais que de fato contemplem a categoria.
O ato nacional foi convocado pela FUP e seus sindicatos e integra também o calendário de lutas da campanha salarial dos petroleiros. Além do Rio de Janeiro, haverá atos nas bases, cujos sindicatos não puderem enviar caravanas para o Rio.
Assim como tantas outras manifestações públicas que a FUP organizou pelo país afora, o ato nacional do dia 03 mostrará para o governo que os petroleiros continuam organizados na luta contra a entrega dos nossos recursos.  O governo anunciou que duas novas rodadas de licitação estão previstas para o ano que vem. Já em maio, deverá ser realizada a 11ª Rodada, com a oferta de 174 blocos de petróleo e gás, metade em terra e metade no mar.
Mais do que nunca, precisamos fazer andar no Senado o Projeto de Lei dos movimentos sociais (PLS 531/2009), que defende o restabelecimento do monopólio estatal através de uma Petrobrás 100% pública. A FUP, portanto, convoca os trabalhadores a retomarem a luta em defesa da soberania nacional.
Intensificar a luta pelo regramento da PLR
Durante as assembleias de rejeição da proposta da Petrobrás, os trabalhadores reafirmaram a importância de definir esse ano regras justas e democráticas para pagamento e distribuição das PLRs futuras. Seguindo a metodologia utilizada pela empresa nos últimos anos, a antecipação dos valores referentes ao exercício de 2012 terá como parâmetros a comparação entre os resultados dos três primeiros trimestres do ano com o mesmo período de 2011. 
Se forem mantidos esses mesmos critérios, os petroleiros receberão um valor de PLR muito aquém do que vinham conquistando nos anos anteriores. Os três primeiros trimestres de 2011 resultaram em um lucro de R$ 27,9 bi, um valor muito superior ao que deverá ser anunciado esse ano pela Petrobrás. Por enquanto, os dois primeiros trimestres apontam um resultado de R$ 7,7 bi. Portanto, se não chegarmos a um acordo nesse ano para o regramento da PLR, tomando como base as principais reivindicações dos trabalhadores, corremos o risco de amargarmos grandes prejuízos nos valores da PLR 2012. 
Além de buscar avanços na negociação com a Petrobrás, a FUP continuará fazendo gestões junto ao governo para garantir o cumprimento da Lei 10.101/2000 e da Resolução número 10 do DEST (de 1995), que estabelece que o pagamento da PLR nas empresas públicas e estatais pode ser até 25% dos dividendos distribuídos aos acionistas.

Greve dos bancários conquista 7,5% de reajuste

Após nove dias de greve, os bancários aceitaram a nova proposta arrancada dos bancos privados e do Banco do Brasil, que elevou de 6% para 7,5% o reajuste e garantiu 8,5% de aumento no piso salarial. A greve, no entanto, continua nas agência da Caixa Econômica Federal, onde não houve avanços na negociação com a empresa.
A proposta pelos bancários na greve  representa 2, 95% de aumento real no piso e 2% de ganho real nas demais remunerações. Os auxílios-refeição e alimentação também foram reajustados em 8,5%  a PLR teve um acréscimo de 10% no valor fixo da regra básica e no limite da parcela adicional. Não haverá desconto dos dias parados, que terão que ser compensados até 15 de dezembro.
Banco do Brasil – Além das conquistas econômicas, os bancários do BB garantiram que a empresa defina no acordo coletivo data para implantar quadro de funções comissionadas com jornada de seis horas. O banco também concordou em aderir à cláusula de combate ao assédio moral da Convenção Coletiva assinada com a Fenaban, que tem a participação dos sindicatos na intermediação da denúncia e do processo de apuração.
Correios: TST julga dissídio e define reajuste de 6,5%
Mais uma vez, foi parar no TST o impasse em que a ECT transformou a campanha salarial dos trabalhadores dos Correios. O Tribunal julgou na quinta-feira, 27, o dissídio coletivo da categoria e determinou a suspensão da greve iniciada no dia 19. O TST estabeleceu em  6,5% o reajuste salarial e não considerou a greve abusiva, determinando  que os dias parados sejam compensados nos próximos seis meses, sem o desconto nos salários.  Antes do julgamento, houve duas audiências de conciliação, sem acordo entre a ECT e os representantes dos trabalhadores. A categoria reivindicava 43,7% de reajuste e a empresa manteve sua proposta de 5,2%. No ano passado, os trabalhadores dos Correios pararam por 28 dias e a greve também foi suspensa, após dissídio coletivo julgado pelo TST.

Comunicadores populares cobrirão eleições presidenciais na Venezuela

Uma equipe de comunicadores de várias regiões do Brasil  criou a rede ComunicaSul – Comunicação Colaborativa para cobrir e transmitir em tempo real as eleições presidenciais da Venezuela. A rede se constituiu a partir da mobilização de vários setores sociais para viabilizar a ida de uma equipe de profissionais de imprensa ao país. O objetivo da equipe formada por sete comunicadores é fazer uma cobertura que efetivamente informe a respeito das eleições presidenciais de outubro. 
A FUP é uma das entidades que estão apoiando a ida dos jornalistas para essa cobertura imparcial das eleições na Venezuela. A luta pela democratização da comunicação é uma das bandeiras da Federação desde sua criação, no início dos anos 90.
O ComunicaSul surgiu da necessidade de que a população brasileira tenha acesso a notícias direto da fonte, sem intermediação de agências internacionais e grandes conglomerados de comunicação que distorcem a realidade em função de seus interesses ou de seus patrocinadores. Sem compromisso com o fato, mas com a interpretação “partidarizada”, desinformam sobre nossos países e povos. Assim, mascaram os conflitos em jogo na atual disputa eleitoral entre o presidente Hugo Chávez e o oposicionista Henrique Capriles, alinhando-se contra o avanço das relações econômicas Brasil-Venezuela e de uma estratégia comum de desenvolvimento para a integração da América Latina.
A proposta da rede ComunicaSul é coletar diretamente informações sobre a Venezuela, mostrando o sentimento do povo, a compreensão de intelectuais, autoridades e entidades populares sobre os rumos políticos, econômicos e sociais do país vizinho. Todos os conteúdos estarão disponibilizados na internet através do site comunicasul.blogspot.com , com livre reprodução, desde que citada a fonte e conferidos os créditos. A rede ComunicaSul também conta com a parceria de veículos de comunicação no Brasil para reproduzir o conteúdo que será gerado a partir de Caracas, entre os dias 1 e 10 de outubro.