Do Sindipetro Unificado-SP
A gestão da Transpetro realizou mais uma mudança sem dialogar com as entidades sindicais e à revelia dos trabalhadores. A partir do dia 15 de março, o Banco Santander estará nas unidades da empresa realizando a abertura de contas dos trabalhadores, que serão obrigados a aderir, mesmo que seja a conta salário com portabilidade para outro banco.
“A Transpetro vai forçar que todos os empregados tenham relacionamento com o Santander, um banco privado espanhol”, critica o diretor do Sindipetro Unificado do Estado de São Paulo, Felipe Grubba, que completa. “Além de não transmitir confiança aos trabalhadores, essa atitude demonstra a total falta de compromisso com a soberania nacional por parte da empresa, pois vai privilegiar o capital financeiro internacional em detrimento de um banco público eficiente, como o Banco do Brasil”.
Zelotes
O Banco Santander é uma das instituições investigadas na Operação Zelotes, da Polícia Federal. A operação investiga um esquema de pagamento de propinas para que débitos tributários desaparecessem, causando desfalque bilionários aos cofres públicos.
O Santander é suspeito de ter sonegado R$ 3,3 bilhões, mesmo assim a gestão da Transpetro – que alardeia um novo modelo de “complice”, com foco na transparência e eficiência – realiza tal operação de forma velada e favorecendo uma empresa que não tem compromisso com o Brasil e está sob investigação.
A Transpetro devera seguir o modelo da Petrobrás, que permite que o trabalhador possa escolher em qual banco quer abrir sua conta e não obriga que tenha suas contas vinculadas a um banco internacional privado.