O Sindipetro-NF mantém uma rotina intensa de presença nos aeroportos e bases, chamando a atenção da categoria petroleira para a gravidade do cenário nacional. Na manhã de hoje, em um destes encontros setoriais com os trabalhadores e trabalhadoras, o coordenador geral do sindicato, Tezeu Bezerra, falou a empregados de empresas privadas do setor petróleo sobre os impactos do Golpe de 2016.
A setorial foi no aeroporto Bartolomeu Lisandro, em Campos dos Goytacazes, com grupos que aguardavam embarques para unidades como FPSO Cidade Macaé e FPSO Cidade de Cabo Frio, entre outras da Bacia de Campos.
Bezerra destacou a redução nos salários e no número de empregos no setor petróleo, em razão do desmonte da política de investimentos na indústria nacional. O coordenador do NF advertiu que o que restava de proteção à empregabilidade da mão de obra brasileira, em plataformas operadas por empresas estrangeiras no Brasil, também está sob ameaça.
O sindicalista relacionou o Golpe de 2016 e a prisão do ex-presidente Lula, assim como outros ataques a direitos dos trabalhadores, a uma pressão das grandes multinacionais pelo domínio do setor petróleo, em um jogo geopolítico que há décadas causa guerras e intervenções imperialistas em vários países.
“O setor petróleo está no centro dessa discussão. Desde que eu era criança eu vejo guerra no Oriente Médio. Alguém aqui acha que a guerra é para acabar com terrorismo? Lá você fura uma barraquinha de sol e jorra petróleo. As guerras são pelo petróleo. E nós, aqui, vimos que os primeiros passos do governo golpista foi cortar direito social e entregar o nosso petróleo. Aqui nem precisaram entrar com armas, nem precisou fazer guerra. Mudam a lei e deixam as empresas entrarem”, disse Bezerra.