Sindicato condena transtornos criados por retirada dos voos do Bartolomeu Lisandro

A Petrobrás está dando um presente da Natal às avessas para os petroleiros. A empresa informou aos trabalhadores, na semana passada, que não vai mais realizar embarques e desembarques no aeroporto Bartolomeu Lisandro, em Campos dos Goytacazes, a partir do próximo dia 25. A medida altera a rotina de cerca de 1000 passageiros, que deixam utilizar o local, além de promover mudanças nos horários de aproximadamente 100 voos para a Bacia de Campos nos demais aeroportos da região.

O Sindipetro-NF, que foi informado da mudança pela categoria, condena a mudança, sobretudo pelo modo abrupto como está sendo feita. De acordo com a entidade, em alterações passadas, o acordado era que os trabalhadores fossem informados com 90 dias de antecedência, para que pudessem fazer uma melhor programação pessoal.

“Fomos informados pela categoria e cobramos explicações da Petrobrás. A empresa tem justificado com o argumento de que de última hora não conseguiu renegociar os valores de uso do aeroporto de Campos com a empresa que administra o Bartolomeu Lisandro, mas essa justificativa não convence”, afirma Rafael Crespo, um dos diretores do sindicato.

Nesta época do ano, as passagens aéreas e preços de hospedagens estão mais caros. O sindicato tem recebido relatos de trabalhadores que estão tendo dificuldades para fazer as trocas dos voos para os novos locais de embarque. Outro transtorno é para quem conseguiria passar as festas de final de ano com a família e, em razão da mudança, terá que ir um dia antes para um novo local de embarque ou desembarcar no dia seguinte.

A maioria dos voos que eram operados no Bartolomeu Lisandro serão redistribuídos para o Heliporto do Farol de São Tomé e para o aeroporto de Macaé. Um voo será direcionado para o aeroporto de Vitória.

Além de se preocupar com o desgaste dos petroleiros que precisarão se deslocar para aeroportos em locais mais distantes, o Sindipetro-NF também se preocupa com a perda de empregos no aeroporto de Campos e de receita no comércio do entorno.

O sindicato continua a pressionar a Petrobrás para que o caso tenha o tratamento correto, gerando o menor impacto possível sobre os trabalhadores, e solicita à categoria que mantenha a entidade informada sobre os transtornos criados, pelo e-mail [email protected].