Depois de mobilizações por todo o País na semana passada, representantes dos sindicatos petroleiros filiados à FUP estarão reunidos nesta terça, 6, e na quarta, 7, no Rio, para o Seminário Nacional de Greve. Duas contrapropostas da Petrobrás para o Acordo Coletivo de Trabalho, com vários cortes de direitos, foram rejeitadas massivamente pela categoria. A avaliação das entidades sindicais é a de que uma grande greve petroleira será inevitável.
No Norte Fluminense, um trancaço no Terminal de Cabiúnas, em Macaé, reuniu cerca de 500 trabalhadores durante três horas na manhã da última quinta-feira. “Estamos protestando contra todos os ataques e redução de direitos que estão sendo feitos pelo atual governo e a gestão da estatal. Não vamos aliviar! Vamos continuar a luta, porque juntos somos mais fortes”, afirmou o coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, durante o protesto.
Na manifestação, o coordenador geral da FUP, José Maria Rangel, lembrou que o ACT não atinge apenas os empregados da Petrobrás, mas também os petroleiros terceirizados. A empresa quer acabar com a cláusula 101, que prevê o Fundo Garantidor. “O nosso Acordo Coletivo tem algumas cláusulas que tentam pelo menos dar dignidade aos trabalhadores terceirizados e que a Petrobrás quer retirar, porque incomoda. Nós queremos garantir que o FGTS e o INSS seja recolhido e que o trabalhador receba suas verbas rescisórias no final dos contratos”, disse Rangel.
A Semana Nacional de Lutas chamada pela FUP, que começou em 30 de julho e terminou na última sexta, 2, incluiu atos nos prédios administrativos e nas sedes da Petrobrás Biocombustíveis (Pbio), da Transpetro, refinarias, Fafen’s, E&P, termoelétricas e na SIX.