O Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro) , filiado a CUT, realiza nesta terça-feira (14), um ato, no Trevo da Resistência, na BA 523, via de acesso à refinaria à Refinaria Landulpho Alves-Mataripe (RLAM),localizada no município de São Francisco do Conde, na Bahia. O ato é realizado em conjunto com diversas associações de moradores, pescadores e entidades diversas das cidades vizinhas à RLAM, além de também conta com o apoio do Sindipetro-NF.
O protesto visa movimentar o local durante à visita da comitiva da petroleira árabe Mubadala, que estará acompanhada pela alta cúpula da direção da Petrobras. A Mubadala é uma das petroleiras interessadas na compra da RLAM e as instalações da Transpetro na Bahia.
“O objetivo do ato é dar o recado à direção da Petrobras e ao governo de Jair Bolsonaro, que avançam em mais uma etapa para privatizar a segunda maior refinaria do Brasil, que inclusive, neste ano, completa 70 anos”, afirma Radiovaldo Costa, diretor do Sindipetro Bahia.
Desde 2016 que a diretoria do Sindipetro Bahia vem denunciando a venda da Rlam e da Transpetro, com seus quatro terminais de armazenamento e um conjunto de oleodutos totalizando 669 km.
Esse é o segundo bloco de refinarias colocado à venda pela Petrobras, e o Sindipetro se posiciona contra ao desmonte da estatal. A venda dos ativos da Petrobras é uma das prioridades do governo Bolsonaro, o que significa um total desinvestimento e risco para o país, causando o aumento de pessoas que ficarão desempregadas e sujeitas a condições precárias de trabalho.
RLAM
Responsável por 14% do refino de petróleo no Brasil, a RLAM representa atualmente aproximadamente 25% da arrecadação de ICMS do estado da Bahia.
Atualmente, cerca de 870 trabalhadores concursados trabalham na refinaria e outros 1.200 terceirizados atuam no local