Sindipetro-NF e FUP indicam manutenção da greve de 24 horas, no dia 3

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Hoje, 27, a Petrobrás apresentou ao movimento sindical sua proposta completa de PCAC. Para o Sindipetro-NF essa proposta não contempla os anseios da categoria e por isso está mantendo a proposta de greve sem parada de produção para o próximo dia 3 de maio. A direção da FUP estará reunida no próximo dia 2, às 14 horas para avaliar a proposta da Companhia.
Para o NF é necessário realizar essa paralisação para mostrar a Petrobras o quanto não aceitaremos um PCAC que não atenda as principais reivindicações  da categoria.  
Na proposta apresentada  o teto do nível médio tem um aumento salarial de 6%, já  o nível superior tem um aumento de 25%.  Em algumas situações da nova proposta as pessoas vão ganhar apenas R$ 1,00 e na regra de mobilidade há avanço de 1 subnível a cada três anos automaticamente, enquanto no passado o avanço automático era de um nível a cada dois anos.

Assembléias

As plataformas tem até o dia 30 para realizar Assembléias de avaliação desse indicativo, nas bases de terra as assembléias serão realizadas no próprio dia 3, na entrada do expediente. 
Questões fundamentais como a valoração dos cargos, retroatividade, tamanho das carreiras, novas regras de reenquadramento e mobilidade são pleitos que a Federação e o sindicatos querem ver contemplados na nova proposta de PCAC.
 Aprovar o indicativo da FUP,  do Sindipetro-NF e fazer a mobilização são fundamentais para que a categoria tenha um Plano de Cargos e Salários que  corrija várias distorções existentes.

Disputa ideológica

As dificuldades em torno deste processo de negociação deixa claro a disputa ideológica de setores conservadores da Petrobrás em relação ao PCAC. O plano de cargos durante muitos anos foi utilizado como uma ferramenta de gestão exclusiva da empresa, sem transparência ou abertura para discussão com os trabalhadores. O PCAC no passado recente reforçou a política da Petrobrás de tentar minar o espírito coletivo da nossa categoria. 
Esta, portanto, é muito mais do que uma discussão meramente econômica. É através de um novo PCAC que poderemos avançar para acabar com as discriminações e privilégios que tanto denunciamos e combatemos.
Os petroleiros querem um plano de cargos e salários que de fato cumpra a sua função, com transparência, sem discriminações e que resolva o enorme abismo que a companhia criou ao tratar iguais de forma desigual. O novo plano tem que fazer uma ruptura clara neste sentido. Este é o anseio de toda a categoria petroleira, que há anos luta para acabar com essas diferenciações.