O Sindipetro-NF lançou no dia 8 de março uma campanha contra a pobreza menstrual que contou com a participação da atriz e poetisa Elisa Lucinda como âncora. O objetivo é arrecadar absorventes higiênicos para meninas, mulheres e homens trans em situação de vulnerabilidade social e incluir nas cestas básicas do projeto Petroleiro Solidário.
No Brasil, cerca de 713 mil meninas não têm acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio e mais de 4 milhões não dispõem de itens básico de higiene ou de cuidados menstruais nas escolas. Isso inclui falta de acesso a absorventes e instalações básicas nas escolas, como banheiros e sabonetes. Essa realidade sensibilizou o Sindipetro-NF que decidiu lançar a campanha.
O Sindipetro-NF conta com o apoio de toda a sociedade para incluir na cestas básicas este item tão essencial para as mulheres e pessoas que menstruam.
Qualquer pessoa pode colaborar. As doações de absorventes podem ser entregues nas sedes do Sindipetro-NF em Campos (Av. 28 de Março, 485 – Centro) ou Macaé (Rua Tenente Rui Lopes Ribeiro, 257 – Centro).
Você sabe o que é pobreza menstrual?
É um problema que atinge o cotidiano de meninas, mulheres, homens trans e pessoas não binárias que menstruam.
Além da falta de saneamento e higiene adequada, os preços altos de absorventes descartáveis, por exemplo, levam as pessoas que menstruam a utilizarem a métodos prejudicais para conter o fluxo. A uso de papéis, jornais, trapos, sacolas plásticas, meias, miolos de pão ou a reutilização de absorventes descartáveis coloca a saúde física dessas pessoas em risco.
O que caracteriza a pobreza menstrual?
Segundo o relatório do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a pobreza menstrual é caracterizado pelos seguintes fatores:
a) A falta de acesso a produtos de cuidados da higiene pessoal para o período menstrual, tais como absorventes (descartável ou reutilizável), coletores menstruais, calcinhas menstruais etc., além de outros itens básicos como o papel higiênico e sabonete, entre outros;
b) Falta de banheiros, saneamento básico (água encanada e esgotamento sanitário) e coleta de lixos;
c) Ausência de medicamentos para administrar problemas menstruais ou de serviços médicos;
d) A falta de informações sobre a saúde menstrual e autoconhecimento sobre o corpo e os ciclos menstruais;
e) A existência de tabus, preconceitos e estigmas sobre a menstruação, afetando as pessoas que menstruam em diversas áreas da vida social;
f) Questões econômicas que afetam a distribuição dos produtos menstruais e a mercantilização dos tabus sobre a menstruação.
A Pobreza Menstrual no Brasil
No Brasil, cerca de 713 mil meninas não têm acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio e mais de 4 milhões não dispõem de itens básico de higiene ou de cuidados menstruais nas escolas. Isso inclui falta de acesso a absorventes e instalações básicas nas escolas, como banheiros e sabonetes.
Estudos mostram que meninas em idade escolar chegam a perder 45 dias letivos por ano devido a menstruação, por conta de não terem acesso ao saneamento básico e água tratada em suas residências.
Fonte: Cartilha “POBREZA MENSTRUAL NO BRASIL: DESIGUALDADES E VIOLAÇÕES DE DIREITOS” , Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Onde doar
Sedes do Sindipetro-NF
Campos – Av. 28 de Março, 485 – Centro
Macaé – Rua Tenente Rui Lopes Ribeiro, 257 – Centro
Associação de Moradores do conjunto Dom Jaime Câmara
Rua Bom Sossego, 382