O Agosto Dourado é um mês voltado para estimular a prática da amamentação em todo o país. Neste ano, a campanha tem como tema “Possibilitando a amamentação: fazendo a diferença para mães e pais que trabalham”, um incentivo ao debate sobre a garantia dos direitos das mães trabalhadoras. Para promover a conscientização sobre o aleitamento materno, na quarta-feira, 30, a Comissão de Mulheres da base de Cabiúnas, em Macaé, promoveu palestras e inaugurou a “Sala de Produção de Afeto”, um espaço para receber as empregadas lactantes para a ordenha do leite durante o trabalho.
O evento contou com a participação do Sindipetro-NF e foi direcionado aos empregados e empregadas ativos da base. Pela manhã, as mulheres receberam orientações de uma enfermeira da equipe de saúde sobre os protocolos da amamentação. Durante a tarde, o diretor do Sindipetro-ES, Rodrigo Ferri falou sobre a participação dos pais no puerpério e o papel do homem no processo de amamentação.
“Nós precisamos falar do apoio que as mulheres necessitam nesse período. É necessário falar sobre masculinidade, paternidade e afeto. Enquanto seres sociais, é importante estar junto, atuando em coletividade”, destacou Rodrigo.
O coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra participou da atividade e falou sobre a importância da conscientização entre o público masculino.
“É comum os homens terem vergonha de falar sobre o assunto. As mulheres passam por muitas transformações após o nascimento do filho e, muitas vezes, os pais não sabem o que fazer para ajudar, por isso essa orientação é tão importante”.
De acordo com Deborah Santos, Diretora do Departamento Administrativo, o espaço foi conquistado no acordo coletivo de 2017, mas em Cabiúnas ainda não havia sido implementado.
“A empregada precisa voltar ao trabalho após seis meses de licença e essa sala vem como suporte para produzir o afeto para essas crianças. Elas vão ter acesso ao leite com mais facilidade, já que a mãe consegue retirar e armazenar de forma adequada. É uma grande conquista da Comissão de Mulheres, porque já era um direito conquistado, mas que não havia sido posto em prática pela empresa”.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o leite materno seja o alimento exclusivo do recém-nascido até seus seis meses de vida, porque concentra todos os nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento do bebê.