Representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP), incluindo o diretor Reinaldo Azevedo e o assessor jurídico Marco Aurélio Parodi, também marcaram presença, consolidando a força sindical na discussão de questões fundamentais para a categoria.
A reunião foi aberta pelo diretor Marcelo Py, que abordou uma preocupação crescente com as propostas de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) apresentadas por quatro empresas. “As empresas estão se unindo para reduzir a melhoria e os benefícios. Precisamos resistir a essa tentativa de rebaixamento das nossas condições de trabalho”, afirmou Marcelo.
Lucros exorbitantes x Rebaixamento de condições
O Técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Carlos Takashi, trouxe uma análise aprofundada das condições econômico-financeiras das empresas. Ele destacou o aumento substancial dos lucros nos últimos anos e o paradoxo entre esses resultados e a tentativa de impor condições desfavoráveis aos trabalhadores. “Os números mostram que as empresas podem avançar nas propostas de ACT, mas optam por pressionar os trabalhadores com medidas restritivas”, declarou Takashi.
Impacto na vida dos trabalhadores
O delegado de base da Baker Hughes, Ítalo Nazário, apresentou relatos pessoais sobre o impacto das práticas empresariais nas condições de trabalho. Já o assessor jurídico da FUP, Marco Aurélio Parodi, reforçou o histórico de negociações com as grandes prestadoras de serviços e trouxe informações sobre as práticas empresariais que afetam os direitos dos trabalhadores.
Nathan Carminatti, assessor jurídico do Sindipetro-NF, complementou com uma visão sobre os impactos políticos e econômicos das alianças informais entre as empresas.
Mobilização e união da categoria
A diretora do Sindipetro-NF, Jancileide Morgado, fez um apelo à categoria para intensificar a mobilização e fortalecer o sindicato. “Agora é o momento de nos unirmos como classe. Precisamos aumentar nossa taxa de filiação e fortalecer nossas ações coletivas. Só assim conseguiremos avançar nas pautas de interesse da categoria”, ressaltou Jancileide, antes de apresentar um formulário para coleta de sugestões e feedback dos trabalhadores.
Próximos passos
Encerrando a reunião, o diretor Marcelo Py fez um resumo dos principais pontos discutidos e reforçou a necessidade de manter o diálogo contínuo entre a categoria e o sindicato. “Estamos abertos para mais debates. Precisamos continuar avançando juntos”, concluiu Marcelo, deixando claro que essa foi apenas a primeira de muitas reuniões setoriais que ocorrerão para fortalecer a luta dos trabalhadores petroleiros.
A Reunião Setorial Integrada mostrou o poder da união entre trabalhadores, sindicatos e federação, apontando caminhos importantes para enfrentar os desafios impostos pelas empresas e garantir melhores condições de trabalho para todos.