Três meses após os petroleiros do Maranhão fundarem seu sindicato, filiando-o à FUP, a categoria vive mais um momento decisivo na reconstrução da unidade nacional. Na sexta-feira, 15, após cinco dias de assembléias em todas as bases do Rio Grande do Sul, os petroleiros aprovaram a refiliação do Sindipetro-RS à FUP, CUT e CNQ. A decisão referenda e consolida a vontade soberana da maioria dos trabalhadores gaúchos de voltarem a ser protagonistas nas campanhas reivindicatórias e nas lutas políticas da categoria. A opção dos petroleiros do Sindipetro-RS pela unidade nacional em torno da FUP já havia sido expressa em maio, quando elegeram a atual diretoria fupista.
A volta à FUP, além colocar novamente os petroleiros gaúchos na vanguarda do movimento sindical, fortalece a organização nacional da categoria nos embates com os gestores da Petrobrás e o governo. Junto com os demais 13 sindicatos que integram a FUP (AM, MA, CE, RN, PE/PB, BA, ES, Duque de Caxias, NF, MG, Unificado-SP, PR/SC e Rio Grande), o Sindipetro-RS volta a ter um papel decisivo nas negociações coletivas, participando das deliberações conjuntas e contribuindo para o avanço das reivindicações e, consequentemente, a ampliação das conquistas.
Refiliação do Sindipetro-RS: respeito à democracia
8 de outubro de 2008. O Sindipetro-RS é des filiado da FUP por decisão de menos de 70 petroleiros, cuja ampla maioria são aposentados. Sem consulta às bases, os divisionistas realizam uma única assembléia na sede do sindicato para sacramentar a decisão autoritária da antiga diretoria, que, de forma unilateral, impôs a desfiliação da FUP, ao suspender o repasse das mensalidades, logo após ter sido eleita. Os petroleiros gaúchos reagiram ao golpe e realizaram um abaixo assinado convocando assembléias de base, nas unidades, para se posicionarem sobre a representação da FUP. Os divisionistas desrespeitaram a decisão dos trabalhadores e o próprio estatuto do Sindipetro e realizaram uma assembléia esvaziada na sede do sindicato, sem qualquer tipo de debate com a categoria.
15 de Julho de 2011. O Sindipetro-RS volta a se filiar à FUP por decisão das assembléias de base, onde durante cinco dias, 467 trabalhadores participaram da votação e 55% se posicionaram a favor da refiliação. Antes das assembléias, os petroleiros puderam esclarecer suas dúvidas e externar suas opiniões em debates, com participação de representantes da FUP, CUT e CNQ. As assembléias foram realizadas com todos os grupos de turno e trabalhadores do regime administrativo da Refap, dos três terminais da Transpetro e da termelétrica Sepé Tiaraju, onde os divisionistas nunca compareceram para ouvir os trabalhadores.
Além das bases operacionais, as assembléias foram realizadas também na sede do Sindipetro, em Porto Alegre, e na delegacia sindical de Osório. Ao contrário do que aconteceu em 2008, os trabalhadores puderam debater e decidir, democraticamente, sobre a representação da FUP. Os divisionistas, que haviam rachado na disputa eleitoral, atuaram juntos nas assembléias contra a refiliação. Mas, assim como aconteceu na eleição sindical, foram novamente derrotados, num claro recado da categoria de que já está farta de divisionismo.
A FUP e os demais 13 sindicatos filiados parabenizam os petroleiros do Rio Grande do Sul, que deram exemplo de democracia sindical, apontando o caminho da unidade para os companheiros das bases dissidentes, que, por imposição dos divisionistas, seguem à margem da organização nacional petroleira. Saudamos o espírito de luta e o protagonismo dos companheiros do Sindipetro-RS. Sejam bem vindos novamente à luta unificada!
Petroleiro ficou internado 21 dias esperando AMS liberar cirurgia de ponte de safena
Leia na página da FUP a história de Antonio José Christino Piorro, 50 anos, técnico de administração do Terminal de Campos Elíseos, em Duque de Caxias, que está internado desde o dia 21 de junho, e só na última segunda-feira, 11/07, pode se submeter a uma cirurgia para implante de três pontes de safena, devido a erros grosseiros no Sistema da AMS, que não localizava o pedido de autorização feito pelo hospital. Ele já não sabia mais o que fazer, quando seus companheiros de trabalho entraram em contato com o Sindipetro Duque de Caxias, que, junto com a FUP, acionaram imediatamente as gerências da Petrobrás em busca de uma solução. Durante três dias, os dirigentes sindicais testemunharam a ineficiência de um sistema caótico, que está transformando a AMS numa via crucis, que coloca em risco os trabalhadores e seus familiares. Somente no dia 07 de julho, 16 dias após o pedido de autorização para a cirurgia do petroleiro, a AMS localizou o pedido feito pelo hospital. E mesmo assim, foi preciso que a FUP e o Sindipetro Caxias interferissem no processo para que a autorização ocorresse. Um procedimento que deveria ser imediato, principalmente no caso de uma cirurgia cardíaca.http://www.fup.org.br/noticias.php?id=5255
Chapa 1 vence eleição no Unificado-SP com 74% dos votos
A Chapa 1 – Unidade Nacional venceu a eleição no Sindipetro Unificado do Estado de São Paulo ao conquistar 74% dos votos. A apuração foi concluída na sexta-feira, 15, após quatro dias de eleição. Foram 1.178 votos para a Chapa 1, da atual direção do sindicato, apoiada pela FUP, e 421 votos para a Chapa 2, encabeçada pelo PSTU/SemLutas. A vitória expressiva da Chapa 1 comprova a importância da FUP nas lutas e conquistas da categoria, fortalece a organiza nacional e consolida a unidade como o maior patrimônio dos trabalhadores. Saudamos os companheiros da Chapa 1 e parabenizamos os petroleiros do Unificado-SP pelo processo eleitoral transparente, participativo e democrático.