Spis fala sobre a greve de 95

O Coordenador da FUP, na época da greve de 95, Antônio Carlos Spis, contou um pouco da história do movimento. “No início a categoria não estava totalmente coesa e os companheiros tiveram que voltar para a base e convencer a categoria” – disse.

Ningúem acreditava que o movimento iria tomar o tamanho que acabou tendo. Não queriam concluir a greve, porque os petroleiros acreditavam ter sido agredidos em sua dignidade.

Ele lembrou do enfrentamento com os militares e os ataques sofridos pela imprensa. “Nada ameaçou o movimento, não vacilamos em nenhum momento” – comentou. Quando ameaçaram demitir os líderes da greve, o departamento jurídico preparou um documento de demissão coletiva dos 40 mil petroleiros.

Além de falar da greve Spis sugeriu aos petroleiros que não sejam observadores dessas eleições e que coloquem na mesa suas reivindicações, como o projeto para a Petrobrás, uma definição sobre a questão energética brasileira, que pare as mortes de trabalhadores durante o exercício profissional e que mude a relação entre funcionários diretos e terceirizados. Por fim falou da importância de reincorporar a Transpetro à Companhia.