A Transpetro recebeu ontem 34 autuações da SRTE (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego) em razão de pendências de segurança na base de Cabiúnas, em Macaé. Em muitos casos, as punições se referem a temas que já haviam sido denunciados pelo Sindipetro-NF.
Entre as autuações estão as que se referem a situações como diferença no tempo de afastamento de empregado entre a CAT e o atestado médico e falta de avaliação adequada dos agentes ambientais.
Também há autuações sobre a falta de monitoramento de riscos ambientais em novas unidades e no laboratório, não recolhimento da guia do INSS que considere a exposição ao benzeno, falta de equipamentos adequados para as atividades de manutenção, falta de equipamento de teste de isolação elétrica, não existência de relatórios técnicos atualizados sobre as instalações elétricas do terminal, falta de treinamento de empregados de empresas privadas — como a Elfe — para o exercício de suas atividades em áreas elétricas (NR-10) — que gerou orientação de interrupção do trabalho até a solução do problema —, ausência de adaptação das instalações ao trabalho no dreno dos vasos da unidade 208, não realização de indicador biológico para agentes químicos e falta de registro em CAT de perdas auditivas em trabalhadores.
A empresa tem dez dias para apresentar defesas para as autuações. O diretor do Sindipetro-NF, Gedson Almeida, participou da reunião com a SRTE onde foram anunciadas as autuações.
Os fiscais responsáveis pela auditoria em Cabiúnas foram Luiz Henrique Poley, Alexandre Paladino, Diego Folly e Samuel Ribeiro. Em contato com o diretor do NF, os auditores disseram que todas as denúncias feitas pelo sindicato sobre a insegurança no Terminal de Cabiúnas foram consideradas pertinentes.