Sucessão de absurdos em operação na P-09

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Trabalhadores da P-09 testemunharam na tarde da quarta, 18, com perplexidade, uma sucessão de desrespeitos às normas de segurança da Petrobrás e de organismos externos. Um serviço a quente em ambiente confinado e de difícil acesso começou a ser realizado às 16h30 sem que várias exigências fossem cumpridas.

 

Como era dia de mobilização com parada de PTs, uma comissão de petroleiros decide se o serviço é essencial ou não para a habitabilidade e segurança da plataforma. Os trabalhadores decidiram que não e, portanto, o trabalho poderia ficar para amanhã.

 

O procedimento prevê que um técnico de enfermagem deve realizar medição da pressão arterial dos trabalhadores envolvidos, justamente para preservar a saúde dos que vão entrar no ambiente confinado. No entanto, respeitando a decisão da comissão, o técnico de enfermagem não fez a verificação da pressão dos petroleiros.

 

O médico da Petrobrás, responsável pela UN-BC, Michel de oliveira Haddad, coagiu, então, uma médica que, por acaso, estava a bordo da unidade — para fazer os periódicos dos petroleiros — a fazer a verificação da pressão arterial e enviar documento com os registros das medições dos trabalhadores para a gerência.

 

Além disso, a médica foi pressionada a dizer, em uma reunião, quem teria ou não a pressão arterial adequada para o trabalho. Em razão de não ser habilitada para atuar na análise de situações que envolvam segurança, ela se recusou a fazê-lo, mas, ainda sob pressão, contra-indicou a participação de alguns trabalhadores, inclusive o escalador (Irata 3), justamente um petroleiro essencial para a operação. 

 

Mesmo assim, o Coemb (Coordenador de Embarcação) assinou a PT e determinou a realização do serviço, com a anuência da gerente setorial de terra, Débora Gemelli, que estava a bordo. Ambos descumpriram a exigência de que a PT tenha, anexada, uma declaração de que os trabalhadores estão aptos a entrar no local da operação, que deve ser assinada pelo técnico de enfermagem.

 

O sindicato exige uma apuração rigorosa do caso e reúne mais esta evidência de que gerentes da empresa estão rasgando as normas de segurança e expondo, criminosamente, os trabalhadores a riscos de morte.

 

Enquanto isso, também nesta tarde, em Imbetiba, os gerentes de SMS Alexandre Guilherme Glitz (SMS/SG) e José Carlos Laurindo de Farias Gerente (SMS/E&P) se reuniram com gestores locais da área de segurança para avaliar o desempenho da empresa sobre o tema na região.