Terceirização faz mais uma vítima na Petrobrás

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Com apenas 23 anos de idade, o operador Nalzir Silva morreu no último dia 06, vítima de uma descarga elétrica, quando realizava um trabalho em uma das sondas do Campo de Produção de Araçás, na Bahia. Ele é a quarta vítima fatal este ano da precarização gerada pela terceirização no Sistema Petrobrás. O trabalhador era contratado da MI SWACO, empresa do grupo multinacional Schumberger, e atuava na Sonda SC-105, quando foi atingido por uma descarga elétrica de mais de 360 volts, de um equipamento que, segundo os trabalhadores, já vinha apresentando falhas operacionais. A suspeita é de que houve fuga de corrente elétrica para a carcaça do equipamento, deixando toda a estrutura metálica energizada.
O Sindipetro-BA está participando da comissão de apuração do acidente e, segundo relatos colhidos entre os trabalhadores que atuavam na sonda, as falhas do equipamento já haviam sido relatadas tanto ao fiscal, quanto ao gerente do contrato, ambos da Petrobrás, cobrando a parada para manutenção. Nada, no entanto, foi feito. 
Um dos colegas de Nalzir ainda tentou socorrê-lo e foi também atingido pela descarga elétrica, mas conseguiu desligar o sistema a tempo de evitar uma nova tragédia. Nalzir ainda foi transportado com vida para o hospital de Alagoinhas, mas não resistiu e faleceu. Segundo o Sindipetro-BA, a ambulância levou mais de quinze minutos para chegar ao local do acidente, o que dificultou o socorro. 
Esta foi a quarta morte este ano registrada pelos sindicatos da FUP, em acidentes de trabalho no Sistema Petrobrás. Todas as vítimas eram trabalhadores terceirizados. Desde 1995, já ocorreram 315 óbitos em função da insegurança na empresa. Os terceirizados continuam sendo as principais vítimas. Mais de 80% dos acidentes são com trabalhadores contratados, o que confirma as denúncias da FUP e de seus sindicatos sobre a precarização gerada pela terceirização, sobretudo nas atividades operacionais e de manutenção. Das 315 mortes ocorridas neste período, 255 foram com prestadores de serviço. 

PLR 2011: mobilizações arrancam nova rodada de negociação, na terça

Assembléias estão aprovando indicativo de greve

Após reunião da FUP com a presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster e com o diretor Corporativo e de Serviços, José Eduardo Dutra, a empresa agendou para terça-feira, 17, uma nova rodada de negociação da PLR 2011. Em documento enviado à Federação nesta sexta-feira, 13, a Gerência de RH ressalta que o objetivo da reunião é a “construção de uma nova proposta e a conclusão do processo de negociação da PLR 2011”.
Na reunião com a presidente da Petrobrás, a FUP cobrou uma solução para o impasse estabelecido pela empresa, não só em relação à quitação da PLR 2011, como também no que diz respeito ao regramento das PLRs futuras. A Federação reiterou o posicionamento dos sindicatos no Conselho Deliberativo, de que a empresa estenda aos petroleiros o mesmo tratamento que foi dado aos acionistas. Os sindicalistas criticaram a forma injusta com que a Petrobrás tem tratado a PLR, ao reduzir em 7,8% o montante do lucro que cabe aos trabalhadores e, por outro lado, aumentar em 2,3% os dividendos dos acionistas.
Para pressionar a empresa a corrigir essa distorção e arrancar dos gestores uma proposta justa e democrática para a PLR 2011, a categoria já começou a aprovar nas assembleias o indicativo dos sindicatos de greve a partir do dia 20, por tempo indeterminado.
Nas bases da Bahia e do Rio Grande do Norte, os trabalhadores já aprovaram o indicativo de greve. As assembléias prosseguem no resto do país até o dia 19. É importante que os petroleiros intensifiquem as mobilizações, para fortalecer a FUP na  mesa de negociação.

Congresso Nacional da CUT elege novo presidente

O 11º Congresso Nacional da CUT terminou nesta sexta-feira, 13, com resoluções históricas, como a paridade entre homens e mulheres nas direções regionais e nacional da Central. O CONCUT também aprovou por unanimidade um requerimento que será encaminhado à Comissão Nacional da Verdade com mais de 100 nomes de trabalhadores mortos durante a ditadura militar. Além disso, a CUT criará uma comissão própria que ficará responsável por acompanhar as investigações e encaminhar à Comissão as denúncias de violações aos direitos humanos contra os trabalhadores.
O 11º CONCUT também elegeu a diretoria que levará adiante as lutas deliberadas pelos congressistas. O novo presidente nacional da CUT para o período 2012-2015 é o bancário Vagner Freitas, que já integrava a Direção Executiva.  Artur Henrique, que esteve à frente da Central nos últimos seis anos, assumirá a Secretaria de Relações Internacionais. Dois petroleiros de sindicatos da FUP passam a compor a Executiva Nacional da CUT: Roni Barbosa, do Sindipetro-PR/SC, e Vítor Carvalho, do Sindipetro-NF e da CUT-RJ. A FUP parabeniza os companheiros e também o diretor da FUP e do Sindipetro-RS, Dary Beck Filho, que encerra o seu segundo mandato na CUT, deixando uma importante contribuição na área de saúde.
Uma das resoluções aprovadas pelos congressistas foi o fortalecimento do Estado no setor energético, através do controle público do petróleo, gás natural e da água que produz energia elétrica. Os trabalhadores aprovaram a redução das tarifas de energia elétrica e a renovação das concessões das empresas do Sistema Eletrobrás, cujos contratos vencem a partir de 2015. 
O Congresso Nacional da CUT foi realizado em São Paulo, de 09 a 13 de julho, com participação de 2.400 delegados e 140 dirigentes de centrais sindicais de mais de 40 países de todos os continentes. O evento foi precedido por um seminário internacional, que debateu “Os Desafios dos Trabalhadores e Trabalhadoras no Enfrentamento da Crise”. 
Outras resoluções do CONCUT: intensificação das mobilizações por aumentos salariais e por ampliação de direitos; apoio e participação nas mobilizações das entidades do campo por reforma agrária previstas para o mês de agosto; fortalecimento da luta pela ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe as demissões sem justa causa; ampliar a luta pelo fim do fator previdenciário e pela aprovação da fórmula 85/95, elaborada em conjunto pelas centrais sindicais, governo e lideranças parlamentares em 2009, mas até agora parada no Congresso Nacional.

III Plenafup: sindicatos concluem congressos regionais

Com o tema  “A energia a favor dos povos,  com justiça social e ambiental”, a III Plenária Nacional da FUP (Plenafup) será realizada em Porto Alegre, entre os dias 02 e 05 de agosto. Com exceção do Sindipetro-NF, que realiza o seu congresso entre os dias 17 e 19 de julho, todos os demais sindicatos da FUP já concluíram os debates regionais e elegeram os delegados que representarão os trabalhadores de suas bases na III Plenafup.
O evento reunirá na capital gaúcha cerca de 150 petroleiros e petroleiras eleitos nos congressos e plenárias regionais, assim como delegações das oposições reconhecidas.  Os trabalhadores irão deliberar sobre conjunturas política e econômica, organização sindical, pautas de reivindicações da categoria, estratégias e planos de luta.  
Antes da solenidade de abertura da III Plenafup, prevista para as 19 horas do dia 02, haverá um debate sobre democratização da comunicação, com participação de jornalistas e militantes. A plenária será realizada no Hotel Embaixador, no centro de Porto Alegre.

Eletricitários iniciam greve por tempo indeterminado  nesta segunda

Sem avanços na negociação com a Eletrobrás, os trabalhadores das 14 empresas que compõem o sistema estatal entram em greve por tempo indeterminado na segunda-feira (16). A FNU/CUT (Federação Nacional dos Urbanitários) iniciou em maio as negociações e, após quatro rodadas, a proposta da Eletrobrás é de apenas repor a inflação. Nem mesmo a paralisação de alerta dos eletricitários, entre os dias 4 e 6 de julho, fez a estatal avançar na negociação.
A Eletrobrás quer penalizar os trabalhadores, alegando contenção de gastos em função da crise. A mesma desculpa do Ministério do Planejamento nas demais negociações com os servidores federais, que continuam em greve. Todo apoio à luta dos eletricitários e que a greve da categoria sirva de alerta para a Petrobrás.

Paraguai resiste

Lugo denuncia ameaças e retaliações do regime golpista

Em nota enviada à opinião pública nacional e internacional, Fernando Lugo denunciou ameaças e atos de violência que estariam sendo cometidos pelo “regime ilegítimo e golpista de Federico Franco”. “Os senadores Carlos Filizzola e Sixto Pereira estão sendo ameaçados por senadores golpistas com a suspensão por terem se oposto ao julgamento político”, diz a nota que aponta onda de demissões de simpatizantes de Lugo.

Os senadores Carlos Filizzola e Sixto Pereira, que se opuseram ao julgamento político de Lugo, estão sendo ameaçados por senadores golpistas com a suspensão. No Senave (órgão de controle das sementes), o novo presidente, que é ligado à indústria de agrotóxicos, afastou mais de cem funcionários sob a acusação de que seriam “luguistas”. Na Itaipu Binacional, o sindicato, que apóia o presidente golpista, anunciou a demissão de 300 funcionários sob a acusação de serem “esquerdistas”.

O novo regime também tenta atacar a TV Pública e ameaça os trabalhadores com  demissões em massa. “Em vários ministérios recebemos denúncias no mesmo sentido. Acreditávamos que as demissões por motivos ideológicos eram práticas do passado estronista”, diz a nota assinada por Lugo.

PSDB apóia o golpe – Além de referendar o governo ilegítimo de Federico Franco, o tucanato ainda teve a cara de pau de enviar o senador Álvaro Dias ao Paraguai para somar forças aos golpistas, na tentativa de revogar a decisão soberana que afastou o país do Mercosul. O PSDB é agora a nova trincheira dos golpistas no continente, na contramão da comunidade internacional.

Acompanhe as notícias sobre o golpe no Paraguai, acessando: http://paraguayresiste.com/