Funcionários da empresa LCD que prestam serviço na base de Cabiúnas, para a Petrobras , aguardam uma solução urgente para o atraso nos pagamentos. O Sindipetro-NF entrou em contato com a Petrobrás que informou que estuda, por meio de sua assessoria jurídica, a possibilidade de acionar a cláusula contratual que permite o pagamento direto aos trabalhadores, utilizando o fundo garantidor e valores já medidos, mas ainda não repassados pela contratada.
Segundo a diretoria do NF, a Petrobrás informou que fez um levantamento preliminar realizado pelos setores de Recursos Humanos e Contabilidade da Petrobras, os valores retidos são suficientes para cobrir os salários em atraso. No entanto, a autorização depende da análise jurídica e, até o momento, não apresentou uma resposta definitiva. A pressão por uma solução tem sido constante por parte dos trabalhadores e do Sindipetro-NF.
A empresa contratada, LCD, enfrenta graves dificuldades financeiras e, de acordo com informações repassadas aos trabalhadores, está em processo de quebra. A situação afeta não apenas os contratos em Cabiúnas, mas também outras unidades da Petrobras, como Reduc, RPBC e a base de Santos, especialmente nas áreas de construção civil, montagem, caldeiraria e projetos. Há negociações em andamento com um grupo interessado em assumir a empresa, que teria inclusive se reunido com executivos da estatal para discutir um possível aporte financeiro.
“A situação evidencia, mais uma vez, os impactos de uma política de contratação considerada equivocada. A Petrobras precisa rever urgentemente os critérios e exigências contratuais impostos às empresas terceirizadas, que frequentemente resultam em precarização das condições de trabalho, salários defasados, benefícios insuficientes e, como agora, calotes” – disse o Coordenador do Sindipetro-NF, Sergio Borges.
A categoria e sindicato cobram uma resposta rápida da companhia, tanto para garantir os direitos dos trabalhadores afetados quanto para evitar que situações como essa se repitam em outras unidades.
