Trabalhadores da P-33 ficaram sem água para higiene pessoal. Após pressão do sindicato a situação foi resolvida

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Trabalhadores da plataforma P-33 estão fazendo racionamento de água, porque o mau tempo não está permitindo que o rebocador faça manobra para abastecer a plataforma. Contam que a noite estão desligando a água de todo casario para economizar. Hoje, pela manhã e só retornou às 11h, impossibilitando trabalhadores de realizar higiene básica como escovar dentes, lavar as mãos ou até mesmo usar a descarga do vaso sanitário.

Assim que a denúncia chegou, a diretoria procurou a Petrobrás que informou que a plataforma está com dificuldade de recebimento de água, devido às condições meteoceanográficas (da atmosfera e sua interação com o oceano) adversas. Confirmou que a embarcação está aguardando melhoria do tempo para fazer o abastecimento da unidade. Por conta disso, o Geplat implementou uma rotina de economia de água até que seja feito o suprimento da unidade.

A gerência complementou que as lideranças de bordo estão alinhando com a CIPLAT a comunicação dessa deficiência, até que haja o abastecimento de água pelo rebocador. A previsão é de receberem água ainda hoje, mas caso isso se postergue vão iniciar amanhã a redução do efetivo de bordo, visando o conforto dos colaboradores.

Segundo a gerência da P-33, o estoque era de 20m3, mas que há ações para tentar usar o volume morto que é de 40m3, e que a capacidade de estoque máximo da unidade é de 600m3.

O diretor do departamento de Saúde e Segurança do Sindipetro-NF, Alexandre Vieira diz que medida é totalmente contra a NR37, que no ítem 37.12.4 descreve que as instalações sanitárias devem ser abastecidas por água canalizada e  dispor de água tratada nos chuveiros e pias, para fins de higiene pessoal, sendo disponibilizada água quente nos chuveiros. Como isso não está acontecendo, o NF reforça que não há condições de manter trabalhadores e trabalhos a bordo.

O NF também questionou o porquê da gerência da unidade ter deixado descer o nível de água para 7% do total da capacidade e continuar os trabalhos normalmente. “Isso na minha visão é estado de emergência! Deviam paralisar serviços e desembarcar os trabalhadores porque a quantidade de água a bordo não é capaz de sustentar um unidade por um dia sequer. Apenas um chuveiro por 15 minutos gasta 135 litros de água, ou seja, não dava nem para todo POB tomar um banho por dia” – alerta o diretor Alexandre.

Mais tarde, após pressão, o NF foi informado pela empresa que a situação já estava resolvida e que a água foi restabelecida, com a categoria liberada para cuidados pessoais. Para o NF o que aconteceu foi um erro grave que não se pode repetir.

O Sindipetro-NF lembra que os trabalhadores podem continuar a nos enviar as denúncias para o sindicato que segue na defesa da categoria.