Trabalhadores da Petrobrás aprovam Estado de Greve contra privatizações

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

Em assembleias realizadas presencialmente nas bases UTGCAB – ADM, Parque de Tubos, Praia Campista/Imbetiba, P-56 e Sala de Controle Remoto (SCR) e online os trabalhadores aprovaram o indicativo da FUP e dos sindicatos petroleiros de estado de greve e o manifesto contra as privatizações, pelo atendimento de pautas regionais. As assembleias aconteceram de 24 a 30 de março.

O movimento aprovado é para barrar o processo de venda de seis ativos — e suspensão de outros 32 —, por parte da atual gestão da Petrobrás. A orientação da Federação e dos sindicatos é de manutenção da pressão para que sejam alteradas as diretrizes do governo passado na empresa.

O manifesto aprovado tem o objetivo de denunciar o caos aéreo, as péssimas condições de habitabilidade, as transferências abusivas de trabalhadores, em apoio a incorporação dos trabalhadores do terminal de Cabiúnas e adicional de dutos da Transpetro, e contra a precariedade dos contratos com terceirizadas. Veja a íntegra abaixo

Manifesto da categoria petroleira contra as privatizações e por avanços no Sistema Petrobrás

Nós, petroleiros e petroleiras do Norte Fluminense, manifestamos a nossa indignação em relação à perpetuação insolente de gestores e de modelos de gestão no Sistema Petrobrás que contrariam os interesses maiores do povo brasileiro e o programa de governo vitorioso nas urnas em 2022.

Contrariando diretrizes do governo, bolsonaristas que ainda estão no comando da empresa insistem em manter cronogramas de privatizações de áreas da empresa, conforme anúncio do último dia 17. Mesmo com determinação recente de suspensão das privatizações, prosseguem com as entregas da Lubnor (CE) e de polos produtores no Espírito Santo e no Rio Grande do Norte.

Enquanto seguem com a destruição do patrimônio público, tentam travar avanços em muitas áreas que atingem diretamente a categoria, como as que envolvem as transferências, a segurança e habitabilidade das unidades, o caos aéreo, a incorporação dos trabalhadores do terminal de Cabiúnas e adicional de dutos da Transpetro, além dos contratos precários em empresas que não garantem plano de saúde para os terceirizados e seus familiares.

Danosa para o país e sem legitimidade eleitoral, a agenda bolsonarista na empresa precisa ser eliminada de uma vez por todas, para que a Petrobrás volte a ter como prioridade o desenvolvimento brasileiro com justiça social. Até o momento apenas o presidente da companhia foi trocado, sendo urgente que o restante da gestão também mude para que seja adequada aos novos tempos.

Por esta razão estamos mobilizados e, cumprindo o papel histórico de defesa da Petrobrás e do país, resistiremos até que a vontade do povo expressa nas urnas seja efetivamente implementada na gestão da companhia.

Petroleiros e petroleiras do Norte Fluminense – Março de 2023