Na Replan, base do Sindipetro Unificado-SP, a ameaça da Petrobrás de cortar o extraturno dos trabalhadores admitidos após 1999 acirrou ainda mais os ânimos da categoria, que aprovou em assembléias uma greve de cinco dias, a partir do dia 02, se a empresa não recuar em mais este ataque aos direitos dos petroleiros.
No dia 18, os trabalhadores da Replan realizaram uma greve de advertência de 24 horas. O corte na rendição do turno teve início na noite do dia 17, com a suspensão da partida da unidade de craqueamento da refinaria. Seguindo o indicativo da FUP, os trabalhadores também interromperam por 24 horas as emissões de PTs.
Herança do tucanato
Em 1999, os petroleiros da Replan, através de ação judicial ganha pelo sindicato, mantiveram o pagamento do extraturno, que foi usurpado da categoria através de proposta de indenização imposta pela Petrobrás durante o governo neoliberal do tucanato. De lá para cá, a dobradinha continuou sendo paga a todos os trabalhadores de turno da refinaria, inclusive os que foram admitidos posteriormente. A Petrobrás agora quer cortar este direito dos trabalhadores pós 1999, mantendo o extraturno somente para quem foi contemplado na época pela ação do sindicato.
“Nosso posicionamento é de enfrentamento. Os direitos da categoria são inegociáveis e inalienáveis. Se a Petrobrás insistir neste ataque, responderemos com greve”, declara o coordenador do Sindipetro Unificado do Estado de São Paulo, Itamar Sanches