Os trabalhadores das bases administrativas da Petrobrás no Norte Fluminense aprovaram por unanimidade em assembleias de 28 a 30 de janeiro o estado de greve e a manutenção do estado de assembleia permanente. O estado de greve significa que o trabalhador pode paralisar as atividades sem a necessidade que sejam convocadas novas assembleias pela FUP e sindicatos.
O sindicato destaca que a manutenção do teletrabalho é uma demanda legítima da categoria, especialmente diante das mudanças nas dinâmicas de trabalho impulsionadas pela pandemia. “Queremos diálogo e respeito aos trabalhadores. Não aceitaremos imposições que precarizem as condições de trabalho”, reforça a direção do Sindipetro-NF.
A FUP se posiciona contra essa mudança determinada unilateralmente e argumenta que as regras de teletrabalho precisam ser adaptadas às atividades específicas de cada trabalhador. A Federação acredita que há funções que podem ser realizadas integralmente de forma remota, enquanto outras exigem presença física.
“A Federação propõe que a quantidade de dias de trabalho remoto e presencial seja avaliada de forma mensal e não semanal, oferecendo mais flexibilidade para atender às necessidades dos trabalhadores e da empresa. Para isso, a criação de um comitê em cada unidade para analisar individualmente cada caso é uma das sugestões”, explica Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP.