A Federação Única dos Petroleiros (FUP) comunicou oficialmente ao grupo SLB, em 29 de novembro que a categoria rejeitou a contraproposta apresentada pela empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024-2026. A decisão foi tomada em assembleia nacional extraordinária realizada online no dia 27 de novembro. Além disso, os trabalhadores mantiveram o Estado de Greve, já aprovado anteriormente em assembleia no dia 24 de julho.
Segundo o assessor jurídico do NF, Nathan Carminatti, “a categoria demonstrou mais uma vez a sua profunda insatisfação em relação a propostas enviadas pela empresa que não consideram as reivindicações essenciais da força de trabalho, como um regramento efetivo para concessão de folgas imediatamente após o desembarque; indenização pela supressão de folgas; reajuste de bônus operacional, dentre outros pontos”.
Carminatti também destaca que “a rejeição massiva demonstra a insatisfação generalizada da categoria frente aos transtornos causados pela inflexibilidade negocial da empresa e a sua prática de apresentação de contrapropostas rebaixadas que levaram ao escalonamento das tensões”.
Essa semana foi realizado um grande ato na porta da empresa como forma de protesto para que haja avanços nas negociações. “A inflexibilidade patronal acarretou na aprovação do estado de greve, realização de seminário de greve e inclusive um protesto realizado na base da empresa neste último dia 27/11″ – comentou o assessor jurídico.
A FUP e o Sindipetro-NF também informaram que, caso não haja avanço no diálogo, o movimento de greve será iniciado por tempo indeterminado a partir das 0h do dia 3 de dezembro. A entidade reafirma sua disposição para continuar as negociações, buscando evitar a paralisação por meio de um acordo que contempla os direitos da categoria.
O que é Estado de Greve?
O Estado de Greve é uma medida prevista na legislação brasileira que representa um período de alerta e mobilização da categoria. Nesse momento, os trabalhadores sinalizaram a possibilidade de deflagrar uma greve caso não haja avanços nas negociações. Aprovado em assembleia, ele reforça a união dos trabalhadores em torno das reivindicações e funciona como um aviso à empresa sobre a insatisfação com os termos discutidos.