Rede Brasil Atual – Mais de 1.300 representantes de 140 países vão discutir temas como a precarização do trabalho e a liberdade sindical. Abertura, hoje, terá a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
O segundo congresso da IndustriALL Global Union, federação internacional dos trabalhadores na indústria, começa hoje (4) à noite, no Rio de Janeiro, com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Precarização do trabalho e liberdade sindical estão entre os principais temas do encontro, que vai até sexta-feira (7) e também escolherá a nova direção da entidade. “A razão de fazer aqui no Brasil é também uma demonstração de solidariedade aos trabalhadores brasileiros”, afirmou à TVT o secretário-geral adjunto Fernando Lopes, originário da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) da CUT.
Segundo a organização, mais de 1.300 representantes de 140 países participarão da congresso. A IndustriALL surgiu em junho de 2012, como resultado da fusão entre três federações internacionais: Fitim (metalúrgicos), Icem (químicos, petroleiros e trabalhadores em energia) e FITTVC (setor têxtil e de vestuário). Informa representar 50 milhões de trabalhadores. É comandada desde 2012 pelo alemão Berthold Huber, 66 anos, dirigente do IG Metall, o sindicato dos metalúrgicos daquele país.
Antes da abertura, marcada para as 18h em um hotel na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, estão sendo realizadas conferências regionais. Ontem, o Comitê de Mulheres promoveu debate sobre a representação feminina no setor. Há uma meta de atingir 40% de participação de mulheres na direção da entidade até 2020. “Fazer essa discussão favorece a nossa luta. Gostaríamos de implementar a cota como é hoje na CUT, de 50%, mas a construção é lenta”, diz a presidente da Confederação Nacional dos Químicos (CNQ-CUT), Lucineide Varjão, que integra o comitê executivo da IndustriALL e é representante na América Latina.
Dois representantes da CNM-CUT fazem parte da direção: Fernando Lopes (ex-presidente da confederação) e João Cayres, atual secretário-geral da CUT de São Paulo. O brasileiro Lopes é secretário-geral adjunto da federação, assim como Kemal Özkan (Turquia) e Monica Kemperle (Áustria). O secretário-geral é o finlandês Jyrki Raina, do setor químico. A entidade tem três vices: Senzeni Zokwana, da África do Sul, R. Thomas Buffenbarger (Estados Unidos) e Hisanobu Shimada (Japão).
No comitê executivo, entre os representantes da América Latina, estão João Cayres, da CUT, Eunice Cabral e Monica Veloso, ambas da Força Sindical. Há 21 entidades brasileiras filiadas à IndustriALL.
Com informações da CNM-CUT e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC