Trabalhadores nas ruas em defesa da Petrobrás e da reforma política

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12/5/2014 – 15:29

Dois temas que têm tudo a ver com a atual conjuntura política do país mobilizam neste mês de maio os trabalhadores e movimentos sociais: a defesa da Petrobrás e a necessidade de uma Constituinte Exclusiva e Soberana para reformar o atual sistema político. Na sexta-feira, 09, os petroleiros baianos, junto com a CUT, a CTB, movimentos estudantis e populares tomaram as ruas de Salvador em uma grande marcha em defesa da Petrobrás e da reforma política. 
No próximo dia 15, mais um grande ato está sendo convocado pela FUP e seus sindicatos em repúdio à campanha midiática da direita para tentar desmoralizar a Petrobrás. A manifestação será no Rio de Janeiro, em frente à sede da estatal,quando os petroleiros, junto com a CUT, CTB, UNE e a Via Campesina, pretendem reunir cinco mil pessoas.  O objetivo é alertar a população sobre as reais intenções da campanha midiática contra a Petrobrás, patrocinada pelo PSDB/DEM: a disputa eleitoral e o controle do pré-sal. 
No mesmo dia 15, haverá uma manifestação semelhante em Recife, em frente à sede administrativa da estatal. Na semana seguinte, no dia 27 de maio, será a vez dos trabalhadores e movimentos sociais de São Paulo se manifestarem em defesa da Petrobrás e contra os entreguistas.

Por uma Constituinte que nos represente

Várias manifestações foram realizadas nesta semana pelas entidades que integram a campanha do plebiscito que será realizado na primeira semana de setembro para que a população se posicione sobre a convocação da Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político.  A FUP, junto com a CUT, CTB e outras centrais sindicais, participam da campanha, que reúne cerca de 200 entidades, entre organizações populares, movimentos sociais e estudantis.
A consulta à população terá uma única pergunta “Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?” O objetivo é envolver a sociedade na construção de um novo sistema político que permita a população influir efetivamente nas decisões do país. A Constituinte defendida pelos movimentos sociais será composta por cidadãos eleitos exclusivamente para implementar uma reforma política ampla e democrática. 
Dos atuais 594 parlamentares que integram o Congresso Nacional (513 deputados e 81 senadores), 273 são empresários, 160 são ruralistas, 66 são da ala evangélica e apenas 91 são da bancada que representa a classe trabalhadora. Ou seja, os que falam pelos direitos dos trabalhadores no Brasil representam uma minoria, quando deveria ser ao contrário.
Saiba mais e participe da campanha acessando www.plebiscitoconstituinte.org.br/
 

Eleições sindicais mobilizam três grandes bases dos petroleiros

Importantes bases de representação dos petroleiros se mobilizam em torno das eleições sindicais: Norte Fluminense, Minas Gerais e Paraná/Santa Catarina. É o momento de avaliar os compromissos e a atuação sindical dos que pleiteiam liderar as lutas da categoria e escolher os candidatos que de fato defendem os interesses dos trabalhadores, seja nos fóruns de negociação, nos embates com os patrões ou nas intervenções políticas.  
O fortalecimento da unidade nacional em torno da FUP é o caminho que está sendo apontado nas urnas pelos petroleiros para avançar nas lutas e conquistas. No último dia 03, foi concluído o processo eleitoral no Sindipetro-ES, onde duas chapas fupistas do campo da CUT disputaram a diretoria do sindicato, voto a voto. Venceu a Chapa 1, que elegeu o petroleiro  Paulo Rony, o novo coordenador do Sindipetro. 
Em abril, os petroleiros do Rio Grande do Sul também foram às urnas e elegeram a chapa apoiada pela FUP, CUT e CTB. O mesmo aconteceu na Bahia, nas eleições de março, quando mais de 60% dos votos que elegeram a nova diretoria do Sindipetro reafirmaram a importância da unidade nacional na condução das lutas dos petroleiros.  
No Sindipetro-RJ, a eleição terminou na quinta, 08, e a apuração se estendeu durante toda a manhã desta sexta, 09. A base boicotou a eleição e mais uma vez, a direção do sindicato foi reeleita com os votos dos aposentados. Saiba mais:http://www.fup.org.br/2012/eleicao-sindical/2222861-base-boicota-eleicao-do-sindipetro-rj-e-divisionistas-se-mantem-no-poder-com-votos-dos-aposentados

Participe e vote pela unidade nacional
Sindipetro-MG – eleição termina nesta sexta, 09. A FUP, a CUT e a CTB apoiam a Chapa 1
Sindipetro-PR/SC – eleição termina nesta sexta, 09, com uma chapa única do campo da FUP 
Sindipetro-NF – eleição prossegue até o dia 23. FUP, CUT e CTB apoiam a Chapa 1

Drama dos trabalhadores da Empercom reafirma importância do Fundo Garantidor

Desde o ano passado, os trabalhadores da Empercom, uma das principais empresas que presta serviços para a Petrobrás nos campos de produção terrestre, vêm sofrendo uma série de problemas financeiros, em função de falta de pagamento de salários e direitos, como tíquete refeição e plano de saúde. Apesar das mobilizações da categoria, denúncias e cobranças dos sindicatos e da FUP, a situação se agravou esse ano e em abril, a Justiça do Trabalho bloqueou os contratos da Empercom com a Petrobrás para garantir o pagamento dos trabalhadores.
Como os contratos com a terceirizada são anteriores à implementação do Fundo Garantidor, conquistado pela FUP no último Acordo Coletivo, os sindicatos estão recorrendo à Justiça para bloquear as contas da Empercom e garantir o cumprimento de todos os direitos dos trabalhadores. Paralelamente, estão sendo feitas negociações com a Petrobrás para que assuma suas responsabilidades enquanto contratante, viabilizando uma solução para esse impasse que atinge centenas de famílias. 
Sem receber salários desde março, sem plano de saúde, tíquete alimentação e férias, mais de 500 trabalhadores da Empercom estão em greve por tempo indeterminado. As sondas operadas pela empresa na Bahia, Rio Grande do Norte e Alagoas foram paralisadas e, apesar da gravidade da situação que vivem esses petroleiros, a Petrobrás ainda se utiliza de práticas antissindicais para manter a qualquer custo a produção. 
Na Bahia, a gerência chegou a chamar a polícia no último dia 28 para reprimir a paralisação dos trabalhadores em Candeias e em São Sebastião. No Rio Grande do Norte, a Petrobrás discriminou os trabalhadores grevistas, ao liberar uma parcela das verbas retidas da Empercom para adiantar parte do pagamento dos que não aderiram à greve. 
A FUP e seus sindicatos continuam pressionando a Petrobrás a intervir para garantir o pagamento dos salários, tíquetes alimentação e férias atrasados, bem como o restabelecimento do plano de saúde e demais direitos.

1º de Maio da Força virou palanque da direita

As atividades do Primeiro de Maio organizadas pelo movimento sindical colocaram em lados opostos a Força Sindical – que já declarou seu apoio ao pré-candidato à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB/MG) – e as centrais que vêm construindo a unidade para avançar na pauta da classe trabalhadora: CUT, CTB, UGT e CSB. A capital paulista foi palco de manifestações distintas no Dia do Trabalhador, que foram marcadas por intervenções a favor e contra a continuidade do projeto popular democrático iniciado em 2003 pelo ex-presidente Lula. 
Enquanto, a CUT, CTB, UGT e CSB defendiam uma pauta classista, o avanço das conquistas sociais e trabalhistas e alertavam para os riscos de retrocesso e volta do neoliberalismo, a Força Sindical fazia o caminho inverso. A central transformou o Primeiro de Maio em palanque dos candidatos da direita, que representam os interesses dos patrões e das elites reacionárias. Sem o menor constrangimento, o presidente licenciado da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (deputado federal do Solidariedade/SP) fez campanha para o tucano Aécio Neves, que levou para o palco da festa, e ao lado dele e de outros expoentes da burguesia paulistana, “recomendou” cadeia para a presidenta Dilma, logo após ela anunciar a manutenção da política de valorização do salário mínimo e a correção da tabela do imposto de renda.
No domingo, 05, Paulo Pereira voltou a fazer chacota do governo e a incitar os trabalhadores contra a presidenta da República, a quem chamou de “maldita” em outro evento da Força Sindical onde tornou a receber o candidato tucano Aécio Neves. Desta vez o palco armado foi o Sindicato Nacional dos Aposentados, onde Aécio “palestrou” para a mesma categoria que o seu partido, através do então presidente Fernando Henrique Cardoso, chamou de vagabundos e congelou durante anos o reajuste dos benefícios. Foi também o governo tucano que impôs goela abaixo dos trabalhadores o famigerado Fator Previdenciário.