Dois acidentes nesta semana evidenciaram a falta de segurança enfrentada pelos trabalhadores da Bacia de Campos. Na P-43, um segundo vazamento em um intervalo de cinco dias provocou novo shutdown na unidade. Na P-32, um incêndio na casa de bombas levou apreensão aos petroleiros a bordo. Os casos ocorreram na terça, 5, e o Sindipetro-NF acompanha a apuração de ambos.
Na P-43, relatos dos trabalhadores mostram que a unidade está a um passo de uma catástrofe. A plataforma enfrenta o baixo efetivo de trabalhadores, com a falta de um operador durante o dia e um durante a noite, além de desfalques em outras equipes. “A operação da produção está um caos”, disse um petroleiro ao sindicato.
A mesma P-43 havia passado por vazamento de gás no dia 1º de abril, informado ao Sindipetro-NF apenas no dia 4. O coordenador geral da entidade embarcou na unidade para a apuração e para participar da reunião de cipa.
Na P-32, o incêndio na casa de bombas começou por volta das 16h. Os trabalhadores acionaram o CO2 e combateram as chamas. Dois petroleiros inalaram fumaça. Há relatos de problemas no acionamento dos equipamentos de combate ao fogo.
O incêndio na unidade começou durante um serviço de solda em uma linha de vapor. De acordo com os trabalhadores, caiu resíduo quente sobre substâncias oleosas e foi preciso acionar o sistema de CO2.
O sindicato solicita à categoria que envie mais informações sobre os dois casos para [email protected].
Os acidentes de P-43 e P-32 estão entre os que foram noticiados pelo boletim Nascente desta semana, que registrou cinco ocorrências em três semanas — três incêndios e dois vazamentos de gás.
O sindicato condena o anúncio recente de um programa de desligamento (PIDV), que agrava a redução de pessoal a bordo, o projeto de desabitação e o descaso com a segurança.
