Um plano justo tem que garantir igualdade de condições para todos, sem critérios subjetivos

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

A FUP voltou à mesa de negociação do PCAC nesta sexta-feira (18) com a Petrobrás para tratar da retroatividade do novo plano e dos critérios de mobilidade. Esta foi a terceira rodada de negociação entre a FUP e seus sindicatos com a empresa, visando à construção de uma nova proposta para o plano de cargos e carreiras. A última reunião desta etapa de negociação será no próximo dia 22, quando serão discutidos com a empresa a VP-Periculosidade e a abrangência do novo plano.

 

Retroatividade do PCAC

 

Em relação à retroatividade, a FUP voltou a reafirmar o compromisso assumido pela Petrobrás no Acordo Coletivo de 2004-2005, onde a empresa se comprometeu a implementar o novo PCAC no prazo máximo de 18 meses. A FUP cobrou que a companhia cumpra o Acordo e retroaja o novo plano de cargos a maio de 2006.

 

A Petrobrás informou que o conceito utilizado pela empresa no novo PCAC não foi o financeiro e sim o de estruturação das carreiras. O RH discutiu na mesa alternativas para a retroatividade que tenham como base um conceito universal para todos os trabalhadores. O argumento da empresa é de que este parâmetro seria socialmente mais justo para a categoria. A FUP ressaltou que a Petrobrás tem um acordo assinado com os trabalhadores e a reivindicação da categoria é de que o compromisso da empresa seja cumprido, retroagindo o plano a maio de 2006.

 

Mobilidade

 

Principais propostas apresentadas pela FUP na mesa de negociação:

 

  • Fim do avanço de mais de um nível por mérito a cada ano;
  • Avanço de nível por antigüidade a cada 12 meses (1,9%) sem possibilidade de contra-indicação gerencial e sem condicionamento de verba;
  • Rejeição da possibilidade de abono anual apresentada pela empresa para os topados, pois, além de ser um retrocesso, já que ressuscita o bônus, aumenta ainda mais as discriminações. A FUP cobrou um levantamento a partir de 1997, quando foi criada a possibilidade de avanço de mais de um nível na carreira, para identificar quantos trabalhadores foram beneficiados por esta política individualista;
  • Promoção automática de 12 meses no final de carreira do profissional júnior para pleno;
  • Promoção do profissional pleno para o sênior limitada a três níveis, mediante a realização de prova técnica.

 

A FUP deixou claro que o plano de cargos deve ser um instrumento para democratizar a ascensão profissional, com transparência e sem gargalos como ocorre hoje. Por isso, a Federação cobrou na mesa os critérios que serão adotados pela empresa para reclassificação. O novo PCAC deve acabar com todos os mecanismos subjetivos que hoje acirram as discriminações e minam o espírito coletivo e de solidariedade dos trabalhadores. Enquanto os critérios do PCAC forem baseados no individualismo e na competitividade, a Petrobrás continuará tratando iguais de forma diferente.

 

A Petrobrás destacou que o novo plano tem como parâmetros o atendimento da meritocracia, do crescimento da carreira e das necessidades da empresa, sem que estes conceitos sejam utilizados como instrumento de coerção.

 

O que queremos

 

  • ·        Apresentação da nova proposta (completa) até o dia 29 de maio com base no que foi reivindicado pela FUP e sindicatos;
  • ·        Retroatividade do plano a maio de 2006, conforme acordado anteriormente com os trabalhadores;
  • ·        Abrangência do novo plano dever ser para todos os trabalhadores do Sistema Petrobrás, com a inclusão da Transpetro na mesa de negociação;
  • ·        Tratamento único para todas as carreiras de nível médio e superior;
  • ·        Transformar a VP-Periculosidade em adicional para todos os trabalhadores e aplicar a periculosidade conforme a lei;
  • ·        Principais reivindicações em relação à Mobilidade: avanço de nível automático a cada 12, 18 e 24 meses; fim da concessão de mais de um nível por ano;
  • ·        Principais reivindicações em relação à Valoração: classificação das carreiras em dois agrupamentos, tanto para o nível médio quanto para o superior; piso mínimo 220 para o nível médio (equivale ao nível 423 na nova tabela);
  • ·        Principais reivindicações em relação ao Enquadramento: aplicar o avanço de nível automático (12, 18 e 24 meses), retroagindo este mecanismo a setembro de 1994 e garantindo que nenhum trabalhador tenha menos do que dois avanços de nível; trabalhadores de níveis salariais iguais no mesmo agrupamento de carreiras devem ter a garantia do melhor reenquadramento já apresentada pela Petrobrás;

 

A mobilização é o que garante um PCAC justo para todos!