Uma nova lei do petróleo é reafirmada por todos os participantes da mesa de abertura do Congrenf 2010

A necessidade de mudanças na Lei do Petróleo no país deu a tônica da maioria dos discursos realizados na abertura do  Congrenf 2010. O primeiro a falar foi Valdick de Oliveira, representando o Dieese e fazendo uma ampla saudação aos presentes.

O representante da Federação Única dos Petroleiros e da Confederação Nacional do Ramo Químico / CNQ,  Cairo Garcia, lembrou que a categoria é respeitada no Congresso Nacional por ter formulado uma proposta de Projeto de lei para o setor petróleo. Para Cairo esss congresso será importante para definir os rumos que a categoria petroleira quer para o país.

O presidente da CUT/RJ, Darby Igaiara, disse que a CUT tem se empenhado em defesa da soberania nacional, a luta pelo petróleo e pelo pré sal. “Nós queremos um novo marco regulatório, que gere empregos com sustentabilidade e com saúde e segurança para petroleiros e petroleiras” – afirmou Darby, que fez questão de frisar que isso só será possível dentro de uma conjuntura semelhante à existe e por isso para ele é necessário manter o projeto nacional que está dando certo.

O Vereador do PT, Danilo Funke, falou um pouco da conjuntura local. Ele afirmou ser inaceitável que um município que recebe milhões em royalties ter problemas de segurança como sequestros relâmpagos. E que petroleiros que tanto contribuem para o crescimento da cidades sejam vítimas de violência porque não há investimento em estrutura, planejamento e segurança. Sobre a luta pelos royalties, Danilo lamentou que o movimento tenha sido utilizado pelos maiores beneficiados que são os governos e não a população. Disse que faz questão de acompanhar sua aplicação no município.

Para o coordenador do NF, José Maria Rangel, o Congrenf 2010 é um momento importante para a categoria fazer uma reflexão e definir o que deve priorizar daqui para frente. Para ele é necessário priorizar a mudança na Lei de Petróleo, eleger Dilma presidente e também parlamentares comprometidos com os trabalhadores.

Outra prioridade colocada por Zé Maria é a luta pela vida. “Nós das áreas operacionais não podemos aceitar mais que pessoas fiquem doentes, sejam mutiladas ou morram por conta do trabalho.  Todos devem entrar nessa luta para que essa realidade acabe na Bacia de Campos”. Zé Maria terminou seu discurso conclamando a todos que discutam nos próximos dias estratégias, ataques e enfrentamentos para mudar esse quadro.