A unidade nacional mais uma vez prevaleceu nas urnas. Os petroleiros do Norte Fluminense deram exemplo de democracia sindical e, após 21 dias de votação, concluíram quarta-feira, 01/06, o processo eleitoral no Sindipetro-NF, consagrando nas urnas a vitória da Chapa 1 – Unidade na luta. Ao todo, votaram 5.159 petroleiros, que representam mais de 60% dos filiados do sindicato. A Chapa 1 conquistou 2.696 votos (55,93%) e a Chapa 2 obteve 2.124 votos (44,07%). A apuração contabilizou ainda 37 votos nulos, 14 votos em branco e 288 votos inválidos.
Paralelamente à vitória da unidade em uma das mais importantes bases do país, comemoramos ainda no dia primeiro de junho, o retorno de uma direção fupista ao Sindipetro Rio Grande do Sul, onde os companheiros da oposição venceram a eleição no início de maio. Outro fato importante na reconstrução da unidade nacional foi a recente criação do Sindipetro Maranhão, forjado na luta pelos trabalhadores da base, que também deliberaram pela sua filiação à FUP.
Chapas apoiadas pela FUP venceram em oito das dez eleições
Desde o ano passado, já ocorreram eleições em dez sindicatos de petroleiros. Os trabalhadores têm apontado nas urnas que a unidade deve ser reconstruída e a FUP fortalecida. As chapas apoiadas pela Federação venceram em oito sindicatos: RS, PR/SC, NF, MG, ES, CE, PE/PB e AM, consolidando e fortalecendo a nossa organização nacional. Os trabalhadores da Bacia de Campos viveram há dois anos uma experiência que comprova a importância da unidade na luta. Através da FUP e de seus sindicatos, petroleiros de todo o país lutaram juntos e reverteram as arbitrárias punições aplicadas pela Petrobrás aos companheiros do Norte Fluminense na greve de março de 2009. Mais uma prova de que a unidade é o maior patrimônio da nossa categoria e o que de fato constrói conquistas.
ACT é conquista da unidade
A unidade nacional da categoria petroleira foi construída com muita luta no final dos anos 80 e início dos 90. Um movimento de base que resultou na criação da FUP, entidade classista, que liderou greves históricas contra a privatização da Petrobrás e o neoliberalismo. É devido a essa unidade que a categoria tem hoje um Acordo Coletivo que é referência para os demais trabalhadores brasileiros e petroleiros de várias regiões do mundo.
Com unidade nacional, nossa categoria conquistou na luta avanços consideráveis no ACT do Sistema Petrobrás, ao longo das últimas décadas. Entre 2002 e 2009, por exemplo, a FUP pactuou 36 novas cláusulas que asseguraram uma série de direitos para os trabalhadores. Além disso, nesse período foram aprimoradas as redações de outras 24 cláusulas do Acordo, consolidando e ampliando direitos já conquistados anteriormente. Nada disso seria possível sem a força de uma entidade de luta, respeitada e representativa, como a FUP.
PLR: FUP pressiona e Petrobrás marca reunião para quinta-feira, 09
Após pressão da FUP, a Petrobrás finalmente agendou para a próxima quinta-feira, 09, reunião para iniciar a discussão sobre os valores e a forma de distribuição da PLR 2010. A Federação vem cobrando desde maio um calendário de negociação para pagamento do restante da PLR, para que os trabalhadores possam estar aptos a receber a partir de julho, como prevê a legislação.
Por lei, as empresas não podem realizar dois pagamentos de PLR no mesmo semestre. Como os petroleiros receberam o adiantamento em janeiro, o restante do pagamento pode ser efetuado a partir de julho. Em março, a Petrobrás divulgou os resultados recordistas de 2010, cujo lucro de R$ 35,2 bilhões foi o maior de todos os tempos e 17% superior ao ano de 2009. Um resultado que só foi possível graças ao empenho coletivo de todos os trabalhadores, próprios e terceirizados.
PLRs futuras – Na reunião do dia 09, a FUP tornará a cobrar que a Petrobrás se posicione também sobre o regramento das PLRs futuras, cujos indicadores e metodologia já foram discutidos em negociação com o RH, tomando como base a proposta aprovada nas assembléias pelos trabalhadores. A empresa, no entanto, até hoje não formalizou sua proposta para avaliação da categoria.
Trabalhadores da manutenção da Reduc ameaçam entrar em greve contra punições
Cerca de 180 trabalhadores próprios da Manutenção Industrial da Reduc aprovaram em assembléia nesta sexta-feira, 03, estado de greve e mobilizações diárias em repúdio à série de punições que a gerência do setor realizou nos últimos dias. Dezenove petroleiros da refinaria foram punidos arbitrariamente, sendo que três deles demitidos. Dez trabalhadores punidos são do efetivo próprio – oito técnicos de manutenção e dois engenheiros – e os outros nove de empresas terceirizadas, inclusive os três que foram demitidos.
Segundo o Sindipetro Caxias, a gerência da Manutenção Industrial está querendo culpar os trabalhadores por atrasos e falhas na manutenção, que estão deixando a Reduc em situação de risco. Mas, o que está por trás de todos estes problemas é uma cláusula do principal contrato de manutenção da refinaria, que permite a empresa contratada receber, independentemente de ter realizado ou não os serviços.
FUP organiza seminários para debater norma internacional de responsabilidade social
No próximo dia 06, a FUP inicia em São Paulo uma série de seminários que serão realizados em seis estados do país e em Brasília para debater a ISO 26000, a recém criada norma internacional sobre responsabilidade social. O objetivo é envolver os dirigentes sindicais neste importante debate que, até então, tem sido voltado essencialmente para as empresas, governos e o terceiro setor. Lamentavelmente, muitas empresas, entre elas a Petrobrás, se utilizam da responsabilidade social como um instrumento de marketing para encobrir práticas antissindicais, condições inseguras de trabalho, assédio moral, entre outros ataques aos trabalhadores. A categoria petroleira conquistou no último acordo coletivo o compromisso da Petrobrás em realizar um fórum conjunto com os trabalhadores para debater sua política e ações de responsabilidade social.
Para se inscrever e conhecer a programação completa acesse o sítio do seminário:www.mgiora.com.br/fupresponsabilidadesocial
Comissões de Acompanhamento do ACT e AMS
Nos dias 08 e 09 de junho, a FUP e a Petrobrás darão sequência às reuniões das comissões permanentes de negociação que tratarão do acompanhamento do Acordo Coletivo e das questões relacionadas à AMS. A FUP tornará a cobrar a realização dos Fóruns de SMS e de Responsabilidade Social, compromisso assumido pela empresa na campanha passada, mas até hoje não implementado. Outros pontos que serão tratados nas Comissões são os mecanismos de proteção dos trabalhadores terceirizados contra os calotes das empresas e a situação da AMS, cujo atendimento continua causando problemas para os usuários.
Greve nas obras da Petrobrás em Três Lagoas (MS) arranca 26% de reajuste
Greve nas obras da Petrobrás em Três Lagoas (MS) arranca 26% de reajuste
Terminou com conquistas importantes a greve de uma semana protagonizada por cerca de 1.000 trabalhadores das empresas contratadas pela Petrobrás para as obras de ampliação da Termoelétrica Luis Carlos Prestes, na cidade de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Apesar da intransigência e truculência das empresas terceirizadas, os operários seguiram firmes na luta e, organizados pela CUT, arrancaram um acordo histórico, com reajuste salarial de 26%, o maior registrado neste ano.
A greve parou as obras da termoelétrica entre os dias 23 e 30 de maio, deliberada pelos trabalhadores nos canteiros de obras, em respostas às condições precárias e insalubres dos alojamentos, alimentação, ínfimas remunerações e outras explorações. As empresas contratadas pela Petrobrás agiram com truculência e de forma ilegal, cortando alimentação dos trabalhadores e mantendo-os em cárcere privado.