UO-Rio tenta dificultar participação de sindicato na operação Ouro Negro em P-55

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De 22 a 25 de agosto aconteceu mais uma auditoria da Operação Ouro Negro, dessa vez na P-55, unidade da UO-Rio e envolveu o Ministério Público do Trabalho, Marinha Agência Nacional do Petróleo e Ibama. Por uma conquista da categoria em Acordo Coletivo, o Sindipetro-NF também participou  da auditoria a bordo, através do diretor Raimundo Telles. No dia 21, as entidades se reuniram para análise de documentos na sede da Petrobras, em seguida ocorreu o embarque e o resultado dessa auditoria só será conhecido após uma reunião de consolidação dos dados.

UO-Rio dificulta embarque de sindicalistas

Mais uma vez, a prática da gestão da UO-Rio de dificultar o acesso do sindicato às suas plataformas foi comprovada pela diretoria do NF.  Segundo Raimundo, seu embarque estava programado para acontecer na terça, 22, às 13h, mesma data que os representantes dos órgãos representativos. Ao chegar no aeroporto de Campos, foi comunicado da transferência do vôo para às 15h45 do mesmo dia. Com a aproximação do horário de embarque  os passageiros foram divididos em dois grupos e o diretor sindical ficou no segundo grupo. Seu embarque  acabou não acontecendo por ultrapassar o horário de vôo ao pôr do sol.

Foi então reprogramado para o dia 23, às 7h, com transfer marcado pela UO-Rio para às 5h30. “Esse transfer não apareceu! Após eu ter realizado muitas ligações foi que um carro chegou às 6h30 para me buscar. Tudo numa clara tentativa de atrasar a minha subida a bordo” – reclamou Raimundo, que conta que ao chegar à auditoria já havia feito uma vistoria de campo e estava sendo finalizada.

Ao chegar a bordo às 10h, foi comunicado pela gestão que o desembarque estava programado e que desceria às 14h do mesmo dia. “Teria que acompanhar a auditoria durante três dias e a UO-Rio criou uma situação para que o dirigente sindical ficasse a bordo apenas quatro horas” – conta Raimundo.

Essa prática da UO-Rio foi relatada ao Ministério Público do Trabalho, ficando por este  compreendido que nas próximas auditorias da Operação Ouro Negro, o dirigente sindical embarque junto com a equipe de auditores.

Problemas encontrados pelo NF

O diretor Raimundo Telles constatou alguns problemas durante o embarque.  O primeiro foi percebido durante o briefing, ao perceber que há apenas uma Brigada de Incêndio composta na sua maioria por terceirizados. Ele explica que  isso demonstra o esvaziamento da mão de obra primeirizada e redução de efetivo, além de ser um problema, visto que há uma alta rotatividade entre os terceirizados. Isso faz com que os trabalhadores não tenham pelo conhecimento e adaptação à planta da unidade e dificulte a mobilidade durante um momento de pico.

Houve o relato de um acidente onde o trabalhador lesionou o dedo atingindo o tendão como uma “ocorrência equiparada” e denúncias dos trabalhadores terceirizados em relação aos Módulos de Acomodação Temporária sem higienização, com ruído, problemas de climatização, acesso e lotação do ambiente.

Para Raimundo, o trabalhador precisa entender que as auditorias da Operação Ouro Negro são uma grande oportunidade para relatar aos órgãos de governo situações que possam estar prejudicando a categoria e que devem ser modificados visando o bem estar do trabalhador.