O Sindipetro-NF continua a acompanhar nesta manhã a situação da plataforma P-37, na Bacia de Campos, que sofreu um vazamento de óleo ontem. A entidade foi informada por trabalhadores de que a produção foi totalmente paralisada na unidade, que está sendo operada pela equipe de contingência da Petrobrás — integrada pelos chamados “pelegos”, empregados que não aderiram à greve. O prejuízo diário é de 40 mil barris de petróleo.
Como não há grevistas a bordo da plataforma, o sindicato não tem informações precisas sobre o vazamento. O caso, no entanto, foi admitido pela Petrobrás em contato feito com a empresa pelo NF. Segundo os trabalhadores o óleo se espalhou pelo convés e atingiu o mar. Já a empresa diz que o vazamento não foi no “top side”.
Para o sindicato, este é mais um exemplo da irresponsabilidade da gestão da companhia, que mantém plataformas sendo operadas por equipes de contingência despreparadas, colocando vidas em risco e as próprias instalações da empresa.
Desde o início da greve, o indicativo da entidade sindical é de greve de ocupação, com os grevistas, que são capacitados tecnicamente para manterem a operação, permanecendo nos seus locais de trabalho e garantindo a produção mínima para a segurança e a habitabilidade — o que está ocorrendo em quase 30 unidades da Bacia de Campos.
A insegurança assola as plataformas operadas pelos “pelegos”. Em razão disso, o sindicato orientou os grevistas destas unidades a desembarcarem, para que não fiquem expostos à irresponsabilidade da empresa.
[Foto: Plataforma P-37 – Geraldo Falcão – Divulgação/Petrobras]
[Atualizado às 10:51]