A categoria petroleira começou a realizar assembleias em todas as bases do país para avaliar a contraproposta de ACT apresentada pela Petrobras. No Norte Fluminense elas começaram ontem, 10, nas plataformas e hoje, 11 no Terminal de Cabiúnas.
Veja abaixo o manifesto que deve ser referendado nas assembleias e o modelo de ata para as plataformas:
Manifesto dos Petroleiros e Petroleiras do Norte Fluminense
Nós, petroleiros e petroleiras do Norte Fluminense denunciamos à sociedade que a Petrobrás, o movimento sindical petroleiro e a classe trabalhadora estão sofrendo um dos piores ataques dos últimos tempos.
Nossa empresa está sendo vendida fatiada para o mercado internacional. Plataformas e refinarias, unidades estratégicas para produção e distribuição do petróleo no país foram ofertadas sem pensar na soberania nacional. A atual gestão da empresa, capitaneada por Roberto Castello Branco, ao vender esses ativos coloca o Brasil na contramão das estratégias internacionais, pois acaba com a possiblidade de regulação de mercado. Não queremos ser apenas exportadores de óleo cru! Queremos ser independentes e não ficar expostos às mudanças do preço internacional do barril de petróleo.
No cenário nacional, a aprovação da Reforma da Previdência pela da maioria conservadora no Congresso Nacional destrói o sonho de milhões de brasileiros de ter o direito à aposentadoria e à Previdência Social. Com ela, aumenta o tempo de contribuição e reduz os valores dos benefícios. Quem quiser ganhar seu benefício integral terá que trabalhar 40 anos. Mas não é hora de desistir é preciso prosseguir e intensificar a resistência, o enfrentamento e a luta contra a reforma da Previdência, agora no Senado Federal.
Organização da categoria
Nas mesas de negociação ficou clara a perseguição que está sendo feita às organizações dos petroleiros. Eles querem destruir nossas entidades para facilitar a entrega da empresa e a implantação de seu projeto de subserviência ao capital internacional.
A postura dura da gestão nas mesas só mudou depois que nós demos uma resposta à empresa, rejeitando em assembleias sua contraproposta. Pela primeira vez, todas as unidades marítimas da Bacia de Campos disseram NÃO à empresa, além das bases de terra.
Em nível nacional, a categoria petroleira já demonstrou ser uma das mais organizadas do País, por isso a intenção do governo é de nos quebrar. Mas não deixaremos isso acontecer, porque vamos resistir e mostrar que nossa luta é em defesa da classe trabalhadora, de uma empresa de petróleo brasileira e que defenderá os interesses do povo e do seu desenvolvimento.
Macaé, 11 de julho de 2019
Diretoria Colegiada do Sindipetro-NF
Modelo de ATA