Venda participação em bloco do pré-sal é “triste capítulo da privatização”, denuncia coordenador do NF

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A Petrobrás divulgou hoje que o Conselho de Administração da empresa aprovou, ontem, a venda de 66% no bloco exploratório BM-S-8, na Bacia de Santos, para a Statoil, por US$ 2,5 bilhões. Trata-se de uma das áreas do pré-sal e o movimento sindical petroleiro condena com veemência esta decisão da gestão entreguista da companhia.

“A gestão interina e golpista da Petrobrás parece estar com muita pressa para entregar o patrimônio do povo brasileiro. Esse campo do pré-sal não pertence a estes senhores que hoje mandam na nossa empresa e sim aos brasileiros. Trata-se de mais um triste capítulo da privatização gradual da empresa que está sendo posta em prática”, denuncia o coordenador geral do Sindipetro-NF, Marcos Breda.

Para o sindicato, é uma incoerência que a Petrobrás, que tem justificado a venda de ativos para reunir recursos para poder investir no pré-sal, venda agora participação no próprio pré-sal. De acordo com a entidade, é mais uma mostra de que o interesse real não é de fortalecimento da empresa, mas, na verdade, é de desmonte.

O pré-sal já é responsável pela produção de 1,2 milhão de barris de petróleo por dia, com potencial que vai colocar o Brasil entre os detentores das maiores reservas do mundo, com previsão de até 270 bilhões de barris.

Os sindicalistas têm defendido que o pré-sal é uma riqueza que, sob nenhuma justificativa, o Brasil pode abrir mão de explorar e colocar a serviço dos brasileiros. Por isso, cresce também a mobilização para não permitir que o Congresso Nacional aprove o projeto 4567/16, que retira a garantia de que, no mínimo, 30% de cada poço do pré-sal seja operado pela Petrobrás.