VIII Plenafup: categoria petroleira aponta adesão à Greve Geral de 14 de junho

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Em atitude de extrema força simbólica, os participantes do Ato Público realizado na manhã de hoje no portão da Regap (Refinaria Gabriel Passos), em Betim (MG), aprovaram a adesão à Greve Geral Nacional do dia 14 de junho, quando trabalhadores de todo o País vão protestar contra a Reforma da Previdência, os cortes nos direitos sociais e as privatizações.

A votação simbólica com todos os participantes do protesto aconteceu após a votação dos petroleiros da Regap, que tinham assembleia convocada pelo Sindipetro-MG com o indicativo de adesão à greve. A manifestação contou com as presenças dos delegados e delegadas da VIII Plenafup (Plenária Nacional da Federação Única dos Petroleiros), que foi aberta ontem e segue até o próximo domingo, em Belo Horizonte.

No encerramento do ato, após as falas de dezenas de representantes de Sindipetros de todo o País, centrais sindicais e movimentos sociais,o coordenador geral da FUP, José Maria Rangel, apontou que a única forma de reverter todos estes ataques da gestão da empresa e do governo é aderir às mobilizações que serão cada vez mais intensas.

“[É preciso] A gente caminhar para a resistência, participando das mobilizações que o sindicato chama, participando da greve do dia 30, participando da greve geral do dia 14 de junho. Porque aí, não tenho dúvidas, nós alcançaremos aquilo que muitos acham que é impossível, que é a luta, como outras gerações fizeram, que é garantir a nossa empresa. Defender a Petrobrás é defender um Brasil soberano, é defender uma empresa que faça a indução do desenvolvimento da nação. E essa é a maior missão que os petroleiros e petroleiras têm”, disse José Maria.

Orgulho da “farda”

O coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, também chamou a atenção para a necessidade de defender a Petrobrás por meio da mobilização. “É importante a gente repetir que os maiores defensores da Petrobrás somos nós. Pode entrar gestão sair gestão da empresa, os maiores defensores da Petrobrás são seus trabalhadores. Na mesa de negociação, eles quiseram falar que a gente não podia usar nossa farda. Nós temos orgulho de usar nossa farda, vamos usar nossas fardas, para fazer a luta, para fazer o enfrentamento ao governo que for”, disse.

Bezerra denunciou que a própria gestão da Petrobrás, que deveria defender a empresa, age justamente de modo contrário, anunciando o seu desmonte: “É importante também a gente lembrar que hoje as pessoas que mais desvalorizam a Petrobrás, está pior que a Lava-Jato, é a própria gestão da empresa. Ministro da Economia, entreguista vendilhão, vai para os estados unidos dizer que vende até a Casa Branca. Petrobrás é detalhe. O presidente da Petrobrás vai falar para o mundo inteiro que o seu maior sonho é vender a Petrobrás”.

O coordenador do NF fez ainda um chamado aos petroleiros que ainda não estão percebendo a gravidade da situação e continuam omissos nas mobilizações. “Nós trabalhadores, que estamos lutando, temos que dar o recado para quem não está lutando. Porque eles vão ter que lutar no amor ou na dor, porque na hora que for demitido, ele vai bater [à porta] do sindicato, vai querer usar o fundo de greve, e nós vamos ter que falar para ele: rapaz, se cair do meu lado aqui, vai cair do outro lado também”, conclamou.