Manifestação faz diretoria da Total desistir de visita na Rlam

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Empresa faz negociação com a Petrobrás para comprar a Refinaria

Sindipetro-BA – Uma grande manifestação do Sindipetro Bahia e de trabalhadores próprios e terceirizados da Refinaria Landulpho Alves, do Temadre e da Termoelétrica Celso Furtado, além da coordenação e direção da FUP e da CUT, mudou nesta segunda-feira, 16/01, os planos de diretores da empresa francesa multinacional Total, que tinham visita agendada na Rlam. 

O ato, que aconteceu no Trevo da Resistência foi contra o Desmonte e Privatização do Sistema Petrobrás e teve o objetivo de informar, denunciar e protestar contra a entrega das Termelétricas Celso Furtado e Rômulo Almeida, Terminal Marítimo de Madre de Deus e Refinaria Landulpho Alves à Total.

Antes da concretização da venda, os empresários queriam conhecer de forma mais detalhada o parque de refino da Petrobrás na Bahia. Mas a visita teve de ser adiada.

O Sindipetro Bahia já havia anunciado em primeira mão os rumores de que seriam oferecidos mais de 50% das ações da refinaria quando ela tiver com o seu capital aberto, fazendo parte do pacote,  todo o sistema logístico da Rlam (Terminal de Madre de Deus, tubovias, etc).

Em matéria publicada no jornal Valor Econômico, no dia 05/01, a Petrobrás desmentiu o Sindipetro afirmando que a informação da venda dessas ações não procedia.

Se não procede o que justifica a visita da diretoria da Total à Rlam? O fato, de acordo com o coordenador do Sindipetro Bahia e ex-conselheiro do CA da Petrobrás, Deyvid Bacelar, é que as negociações já estão à pleno vapor e os trabalhadores, juntamente com o sindicato, também já se movimentam contra essa decisão que faz parte do plano de desmonte do Sistema Petrobrás.

Segundo Deyvid, que também é lotado na Rlam desde 2006, a categoria petroleira está revoltada com a forma de agir da atual gestão da companhia “sempre prejudicando o trabalhador e sem levar em conta o interesse público e o desenvolvimento do país”.  

Durante a mobilização, os dirigentes sindicais abordaram o processo de privatização e suas consequências para os trabalhadores próprios e terceirizados da região, bem como  o golpe de Estado e suas consequências, as suas faturas que já estão sendo pagas aos seus financiadores, como a privatização do Sistema Petrobrás e a destruição das empresas nacionais de engenharia para favorecimento do capital internacional, gerando lucros, emprego e renda para outros países.

A Total, de origem francesa, já adquiriu 50% das ações das termoelétricas Celso Furtado e Rômulo Almeida e vai compartilhar o uso do Terminal de Regaseificação na Bahia. Em sua página na internet, a empresa  fala sobre o potencial do Brasil, das suas reservas de óleo e gás, do pré-sal e da sua pretensão de ampliar os negócios nesse país, onde atua também nas áreas de refino, gás natural e energia renovável.

 Eles têm visão de futuro e se aproveitam da liquidação que acontece hoje no Brasil. Mas levando em conta o ânimo da categoria petroleira, as negociações não serão tranquilas, o coordenador do Sindipetro Bahia avisa: “haverá reação”!