Esta quinta-feira, 11, amanheceu tomada por grandes manifestações e paralisações de trabalhadores na maioria das cidades do Brasil. O Dia Nacional de Luta, que envolveu todas as centrais sindicais do país e diversos movimentos sociais, comprovou o imenso poder de organização da classe trabalhadora brasileira. Desde a madrugada, diversas categorias cruzaram os braços e tomaram as ruas do país para defender a pauta dos trabalhadores.
Além de unificar os movimentos sindical e social em torno de reivindicações que estão na ordem do dia do povo brasileiro e, principalmente, dos trabalhadores do campo e da cidade, o Dia Nacional de Luta ocorre no momento em que a população tem a oportunidade histórica de aprofundar mudanças estruturais para garantir políticas públicas de qualidade e o fortalecimento do Estado.
Os petroleiros, que sempre estiveram na vanguarda das lutas sociais, mais uma vez atenderam ao chamado da FUP, pararam suas atividades em diversas unidades e saíram às ruas em defesa da democracia e da soberania.
Nos locais de trabalho ou nos atos públicos, a categoria petroleira se manifestou, principalmente contra os leilões de petróleo e o Projeto de Lei 4330, que aprofunda a precarização do trabalho terceirizado e coloca em risco direitos históricos da classe trabalhadora.
Seguindo o indicativo do Conselho Deliberativo da FUP, os trabalhadores do Sistema Petrobrás, próprios e terceirizados, realizaram paralisações de até 24 horas, suspensão de Permissões de Trabalho, atrasos no expediente, entre outras mobilizações nas unidades operacionais e administrativas. Os sindicatos também disponibilizaram ônibus para que os petroleiros se somassem às manifestações e atos públicos nas capitais e principais municípios do país.
VEJA AQUI A GALERIA DE IMAGENS DOS PETROLEIROS DA FUP NO DIA NACIONAL DE LUTAS
Confira as paralisações e mobilizações dos petroleiros das bases da FUP em todo o país:
NORTE FLUMINENSE
O movimento começou às 5h, quando os petroleiros, integrantes do MST e movimentos sociais interditaram a Ponte no Parque de Tubos, que faz ligação entre Rio das Ostras e Macaé. Foram colocados pneus e ateado fogo, entretanto a manifestação seguiu sem enfrentamento com a polícia e com falação dos representantes do movimento.
Nas plataformas da Bacia de Campos e unidades de terra, a orientação do sindicato é de suspensão e não emissão de Permissões de Trabalho por 24 horas. O NF convocou os trabalhadores do Parque de Tubos a participar da manifestação na Rodovia e a dar prosseguimento ao Dia Nacional de Luta nas praças Veríssimo de Mello e Washington Luis em Macaé, a partir das 9h.
DUQUE DE CAXIAS
Os trabalhadores de turno e do administrativo da Reduc, do Terminal de Campos Elíseos (Transpetro) e da Termoelétrica Leonel Brizola aderiram à paralisação de 24 horas, que teve início à zero hora desta quinta-feira. No início da manhã, os trabalhadores das três unidades fizeram um ato unificado em frente à Refinaria Duque de Caxias. Além dos petroleiros, também participaram do ato dirigentes do Sindicato da Construção Civil, integrantes do Movimento de Luta nos Bairros, da Associação Estadual dos Estudantes e Secundaristas e da União dos Estudantes de Duque de Caxias.
Na parte da tarde, os trabalhadores fortaleceram a passeata do Rio de Janeiro, que está prevista para começar às 15h, na Candelária e seguirá até a Cinelândia, na Av. Rio Branco, onde acontecerá o ato promovido pela CUT e demais centrais.
MINAS GERAIS
A paralisação foi iniciada à meia noite na Regap, com cortes de rendição nos turnos, que terão a duração de 24h. O sindicato também disponibilizou ônibus para levar os petroleiros à manifestação de Belo Horizonte, que terá início às 10h, na Praça Sete, região central da capital mineira. De lá, os manifestantes saíram em passeata e participaram dos protestos em vários locais da cidade.
.
SÃO PAULO
A paralisação dos petroleiros começou na Replan, em Campinas, com o corte na rendição do turno das 23h30 de quarta-feira (10). Na Recap, no ABC Paulista, os petroleiros iniciaram o corte de rendição às 6h30 e realizaram um grande ato na porta da refinaria, juntando-se às demais categorias que aderiram o Dia Nacional de Luta. As categorias organizadas do ABC interditaram a principal via de ligação entre Santo André e Mauá. Na parte da tarde, os petroleiros e demais trabalhadores se somaram à manifestação da Av. Paulista. Também ocorreram mobilizações nos terminais de Barueri e São Caetano e na UTE de Três Lagoas, base do Sindipetro Unificado-SP em Mato Grosso.
ESPÍRITO SANTO
O Sindipetro-ES convocou a todos os trabalhadores das áreas operacionais a suspenderem a emissão de Permissões de Trabalho por 24 horas nesta quinta-feira. Cerca de 40 categorias pararam a região central de Vitória e outras cidades do estado desde as primeiras horas da manhã, com atos, marchas, manifestações. No Norte Capixaba, a paralisação teve 100% de adesão dos petroleiros.
BAHIA
Salvador e várias outras cidades amanheceram sem transportes. As manifestações tiveram a adesão dos petroleiros, bancários, estudantes da rede pública e privada, comerciários e de todos que se comprometeram com o ato desta quinta.
Desde a madrugada, as centrais sindicais conseguiram interditar a pista da BR 324, no sentido Salvador\Feira de Santana e também no posto Cajueiro. Os petroleiros fizeram piquetes no Trevo da Resistência e no Conjunto Pituba (Cofip e UP) e permaneceram mobilizados durante todo o dia. Aderiram às mobilizações os trabalhadores da Rlam, Transpetro, P-BioA, UPGN e campos de produção terrestre. Na parte da tarde, os petroleiros participaram da manifestação no Campo Grande, de onde saíram em passeata.
PERNAMBUCO
As manifestações ocorreram no Terminal de Suape, com adesão de trabalhadores próprios e terceirizados. Na parte da tarde, o ato aconteceu em Recife, onde os petroleiros também aderiram aos protestos.
RIO GRANDE DO NORTE
Petroleiros e demais categorias bloquearam a Av. Capitão Mor Gouveia, principal via de acesso à sede da Petrobrás em Natal. Ao longo da manhã, a manifestação foi centralizada em frente à sede da Petrobrás, com a participação da maioria dos trabalhadores do setor administrativo da empresa, dos rodoviários, MST e movimentos estudantil e comunitários. Segundo o Sindipetro-RN, a categoria permaneceu mobilizada até o fim do dia.
CEARÁ
O Sindipetro-CE/PI participou da manifestação conjunta das centrais sindicais e movimentos sociais pela manhã na Praça do Ferreira, no Centro de Fortaleza. Motoristas e cobradores bloquearam entradas e saídas de terminais de ônibus e manifestantes ocuparam avenidas de grande fluxo da cidade. Operários da construção civil, servidores públicos e funcionários de indústrias de castanhas também aderiram à paralisação.
AMAZONAS
Os petroleiros da Reman aderiram à convocação do Sindipetro-AM e participam da grande mobilização, que parou o Distrito Industrial de Manaus, onde atuam cerca de 120 mil trabalhadores. O sindicato juntos com outras categorias, as centrais sindicais e movimentos sociais fecharam os acessos para o Distrito Industrial, com uma grande manifestação na Rotatória da Suframa. Os petroleiros participaram também às 15h do ato público no centro de Manaus, na Av. Eduardo Ribeiro com Av. Sete de Setembro.
PARANÁ
Petroleiros e petroquímicos, próprios e terceirizados, fizeram pela manhã uma manifestação histórica no entorno da Repar. Cerca de três mil trabalhadores aderiram ao movimento coordenado pelo Sindipetro-PR/SC, Sindiquímica-PR e Sindimont-PR, junto com as Centrais Sindicais e Movimentos Sociais. Houve corte de rendição desde a zero hora na Repar, onde os petroleiros aderiram à greve de 24 horas, e na Fafen/PR, cujos trabalhadores próprios e terceirizados também somaram-se ao ato. Na parte da tarde, os petroleiros seguiram para o Ato Unificado dos Trabalhadores, que começa às 17h, na Praça Santos Andrade, em Curitiba. Nas demais bases do Sindipetro PR/SC, o sindicato orientou a realização de panfletagens e atrasos na entrada do expediente.
RIO GRANDE DO SUL
As manifestações foram iniciadas às 4h, envolvendo diversas categorias. Os petroleiros da Refap cortaram a rendição a partir das 8h. A categoria também participou de protestos e manifestações no centro de Canoas e em Porto Alegre.