CUT condena golpe e manifesta apoio às medidas dos países do Mercosul e da Unasul para reverter situação

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Queremos manifestar nossa profunda preocupação com os destinos do Paraguai, que viveu novamente um abalo em sua institucionalidade, após a consumação do golpe do Parlamento, que no último dia 22 de junho passado, destituiu o Presidente Fernando Lugo.

Consideramos corretas as iniciativas dos presidentes e presidentas dos países da UNASUL, que imediatamente se mobilizaram em defesa da constitucionalidade paraguaia e, frente o afastamento ilegítimo de um Presidente democraticamente eleito, rechaçaram veementemente o ocorrido. Alguns governos inclusive já decidiram retirar seus representantes diplomáticos do país.

Apoiamos fortemente a decisão das presidentes e presidentas do Mercosul e Estados Associados (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela) ,  de não aceitar a presença do presidente golpista paraguaio na próxima XLIII Reunião do Conselho do Mercado Comum do Mercosul e da Cúpula dos chefes de Estado, que serão realizadas em Mendoza, Argentina, nos dias 28 e 29 de junho. Com essa medida os e as  Chefes de Estado  referenciam-se no  Protocolo de Ushuaia sobre Compromiso Democrático no  Mercosul, assinado em  24 de julho de 1998, reafirmando que a garantia da vigência das instituições democráticas é condição essencial para o desenvolvimento do processo de integração.

Defenderemos junto a nosso governo que pressione o máximo possível o atual governo ilegítimo do Paraguai para que reconduza o país de volta ao regime democrático o mais breve possível. Defendemos e alertamos também para que as medidas de pressão que sejam efetivadas preservem sempre as condições de vida e de trabalho do povo paraguaio, mais uma vez golpeado em seu mais fundamental direito.

Nós estamos em contato com as centrais sindicais do Paraguai e, conjuntamente com o sindicalismo latinoamericano, especialmente do MERCOSUL, pretendemos apoiar a luta dos trabalhadores paraguaios e paraguaias em defesa da democracia e o respeito à vontade do povo, que em 2008 elegeu o Presidente Lugo e que deve ser quem decida efetivamente sobre os destinos do país.