Assembleias para aprovar o Dia de Luta Contra os Abusos Gerenciais na próxima quinta, 03

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Demissões, punições, assédios, ameaças, truculência, privilégios, práticas antissindicais, autoritarismo, retaliações, irresponsabilidades, perseguições, corte de comunicações e desrespeito. A categoria petroleira se levanta para dar um basta a estas práticas das gerências da Petrobrás. O Sindipetro-NF indica, para avaliação em assembleias nas plataformas, a realização do Dia de Luta Contra os Abusos Gerenciais, durante 24 horas na próxima quinta-feira, dia 03. Os procedimentos estão na página seguinte e as perguntas e respostas frequentes sobre a forma de paralisação estarão no site do sindicato (www.sindipetronf.org.br).

O sindicato também orienta os trabalhadores a enviarem relatos para [email protected] sobre os casos de assédio verificados em seus locais de trabalho. A entidade, que tem recebido muitas denúncias sobre o comportamento das chefias por meio de manifestos e e-mails, quer aprofundar o detalhamento sobre estas práticas, fazendo um mapa da perseguição para formalizar denúncias contra os agressores.

Para o NF, está na hora da categoria dar uma resposta enérgica em relação aos abusos gerenciais da Petrobrás e demais empresas do setor. Nos últimos dias, em PVM-2, três trabalhadores da empresa Elfe foram demitidos em razão de terem participado de assembleias e mobilizações da categoria petroleira. Além disso, uma comissária da empresa Alimenta, de hotelaria, foi desembarcada e dois empregados da Petrobrás foram punidos. Todos foram perseguidos por terem atendido ao chamado da greve pela vida, indicada pelo sindicato para 22 de agosto passado.

Os trabalhadores estavam juntos a mais de trinta outros companheiros que participaram da assembleia e da mobilização. No caso dos funcionários da Petrobrás, o sindicato já identificou os chefes que puniram os trabalhadores — geplat Luiz Fernando e Suman Francisco — e vai encaminhar processo de expulsão de ambos dos seus quadros da entidade, garantido o direito de defesa. No caso da comissária, o sindicato notificou as empresas sobre o descum-primento do anexo II da NR-30 e da NR-5, em razão da trabalhadora ser cipista e não poder ser trocada de local de trabalho.

Em Pargo, também houve punições de trabalhadores em razão das mobilizações. Outros possíveis casos devem ser relatados ao sindicato.

Bandeira da Campanha

O NF defende que os gerentes não podem mais se sentir à vontade para perseguir, punir, assediar e até demitir. A categoria, que busca avançar neste aspecto na Campanha Reivindicatória, tendo como bandeira a condenação às práticas antissindicais, não vai mais admitir tantos abusos e impunidade.

Confira os procedimentos para a mobilização da próxima quinta, dia 03

– Não planejar, não emitir, não executar, não acompanhar, não requisitar e não liberar PT.
– Não executar PT´s emitidas por superiores hierárquicos.
– Paralisação de serviços rotineiros (exemplos: serviços em oficinas, movimentações de cargas, etc…), mesmo que não necessitem de PT´s.
– Suspender as PTs de CIPA.
– Não acompanhar Permissões de Trabalho Temporárias emitidas anteriormente.
– Transferir o planejamento da PT’s previstas e suas recomendações adicionais para o fim da mobilização.
– Realizar somente as atividades para a manutenção da segurança e habitabilidade das 24 horas da mobilização.
– A mobilização não é de parada de produção, no entanto se ocorrer redução ou queda da produção por outros motivos só haverá trabalhos para sua retomada após o término do movimento.

Orientações adicionais:

1 – Enviar informações da mobilização somente para o sindicato por e-mail para [email protected] ou por fax para 22 27659550. Os trabalhadores não devem informar ou entregar documentos para gerentes. Cabe ao sindicato a divulgação da mobilização.
2 – A decisão tomada na assembléia deve ser acatada pelos demais trabalhadores da unidade que embarcam entre a data da assembléia e o dia da mobilização.
3 – Uma reunião de organização deve ser realizada na plataforma na véspera da mobilização. Nesta reunião, o sindicato recomenda formar comissão de organização da mobilização, de três a cinco companheiros.
4 – Não aceitar provocações ou ameaças por parte da gestão da empresa e denunciar ao sindicato o nome e função de quem adotar estas práticas.
5 – Observar a situação de operação da unidade no início do movimento. Como prevê o último ítem dos procedimentos (acima), nenhuma atividade será realizada para acrescentar produção em relação aquela do início do movimento. Também não serão realizadas atividades para retomar a produção eventualmente reduzida ou interrompida durante o movimento.
6 – Poços problemáticos – Eventualmente o item acima pode estar relacionado a um poço cuja permanência parado possa prejudicar a sua produção futura. Nesses casos, uma análise do caso específico deve ser realizada para decidir o procedimento a ser adotado para a segurança do poço.
7 – Não autorizar realização de trabalhos que tenham sido programados para aproveitar o momento da mobilização com a desculpa de que estão relacionados a segurança mas que nunca foram priorizados antes. Isso também é válido para treinamentos.